Brasil joga fichas na maratona

Helsinque, Finlândia – A maioria do percurso – 35 km – da maratona do Mundial de Atletismo de Helsinque será em circuito fechado por grades, um loop de três voltas e meia. Os objetivos, segundo os organizadores, são divulgar os pontos turísticos do centro da capital finlandesa, como o quarteirão do Senado, e permitir que o público veja melhor a prova.

Mas o delegado-técnico da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), Cesar Moreno, admite que isso facilita a segurança. ?Teremos batedores, com motos, acompanhando os corredores?, afirma. Nas Olimpíadas de Atenas não havia batedores no percurso.

O Brasil terá cinco maratonistas nos 42,195 km da corrida, a partir das 8h20 de hoje (de Brasília), com largada no Mercado Antigo (Eteläsatama) e chegada no Estádio Olímpico. Da largada até o acesso ao circuito fechado serão cinco quilômetros. Os outros dois e pouco serão feitos no fim do loop até a entrada e volta no Estádio Olímpico, para os aplausos do público.

O Brasil foi medalha de bronze da Copa do Mundo, em 1997, e o técnico Ricardo D?Angelo acha que a equipe poderá ir ao pódio novamente, medindo forças com Quênia, Japão, Itália e Espanha. Os maratonistas que estão em Helsinque são: Clodoaldo da Silva, Marílson Gomes dos Santos, André Luiz Ramos e Claudir Rodrigues, equipe tão competitiva ou ainda melhor que a de 1997, na avaliação do técnico e também de Vanderlei Cordeiro de Lima. Para a Copa do Mundo são consideradas as três melhores marcas dos corredores de cada país – o menor tempo na somatória vence.

Vanderlei, no entanto, desconversa quando o assunto é o resultado individual que espera. ?Vamos ver quando começar a corrida?, responde, dizendo que está bem preparado. O técnico Ricardo D?Angelo avisa que a maratona não será fácil: no percurso tem vários trechos com ruas de paralelepípedos e trilhos de bonde. E ainda há o clima instável de Helsinque. Os finlandeses têm, inclusive, pedido desculpas aos visitantes pelo clima – foram quatro dias seguidos de chuva, vento e frio, até ontem, quando o sol apareceu. Dizem que esse tipo de clima não é comum agora, no verão.

Ricardo acha que as condições da prova devem favorecer atletas que estão mais fortes e resistentes e não, necessariamente, mais rápidos.

Meninas vão à final pela 1ª vez

Helsinque – Raquel Costa, Lucimar Moura, Thatiana Ignácio e Luciana Santos conseguiram colocar o revezamento 4x100m do Brasil na final pela primeira vez na história dos mundiais, em Helsinque (Finlândia). As meninas correram as eliminatórias em 43s22, ontem, no Estádio Olímpico – o sexto tempo das três séries (a melhor marca foi dos EUA, com 42s16).

Raquel acha que ainda pode aprimorar tanto sua largada quanto sua passagem do bastão, o que poderá ser ainda um ganho interessante para a equipe. A final será às 14h40 (de Brasília) de hoje. O Brasil também disputa, às 15h05, o revezamento 4x400m, com Maria Laura Almirão, Geisa Coutinho, Josiane Tito e Lucimar Teodoro.

O revezamento masculino, no entanto, não foi à final (Trinidad e Tobago, com 38s28, fez o melhor tempo).

O barreirista Matheus Inocêncio cometeu um erro na quarta passagem e ficou em oitavo na final dos 110m com barreiras. A prova foi vencida pelo francês Ladji Doucoré (13s07). Matheus disputa a Universíade, na Turquia, na segunda e terça-feira, dia 19 tem um meeting em Zurique (Suíça).

A arremessadora de peso Elisângela Adriano, voltando de uma cirurgia no quadril feita há três meses, ficou decepcionada por não ir à final, como nos outros dois mundiais que disputou. O marchador Sérgio Galdino parou após o km 35 da marcha atlética de 50 km.

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