Brasil faz história no Rali Paris-Dakar 2003

O Brasil garantiu três pódios na edição 2003 do Rali Paris-Dakar, encerrado ontem, no Egito. André Azevedo conquistou o vice-campeonato na disputa entre os caminhões, Jean Azevedo ganhou o bicampeonato na categoria motos Production e a dupla formada por Klever Kolberg e Lourival Roldan terminou em terceiro na categoria carro Super Production Diesel. O rali também consagrou o japonês Hiroshi Masuoka, que ganhou o segundo título seguido entre os carros, e o francês Richard Sainct, campeão pela terceira vez entre as motos.

O segundo lugar de André, que competiu com um Tatra em parceria com os checos Tomas Tomecek e Mira Martinec, foi o melhor resultado brasileiro. O trio completou a prova com 1h02min01s de desvantagem para os russos Vladimir Tchaguine, Semion Yakoubov e Sergei Savostine, que a bordo de um Kamaz fecharam o rali em 61h36min40s para conquistarem o título.

André festejou bastante o segundo lugar. “Este ano eu tive as ?boas vibrações dos faraós?, ao contrário da ?maldição das pirâmides? de 2000. Naquele ano eu ocupava a segunda posição na geral e o caminhão quebrou a 170 quilômetros do Cairo, onde terminava o rali. Acabei em quarto e o pódio escapou nas minhas mãos por apenas cinco segundos em relação ao terceiro colocado. O Dakar 2003 marcou o fim da nossa falta de sorte”, disse o brasileiro.

Nos carros, o japonês Masuoka e seu navegador, o alemão Andreas Schulz, percorreram os 8.552 km da competição (o rali passou por França, Espanha, Tunísia, Líbia e Egito) em 49h08min52s. Em segundo ficou a dupla francesa Jean-Pierre Fontenay/Gilles Picard (a 1h52min12s), com outros franceses, Stephane Peterhansel/Jean Paul Cottret, em terceiro, a 2min16s28. Todos competiram com Mitsubi-shi Pajero.

Klever Kolberg e Lourival Roldan (Mitsubishi Pajero Full), terceiro na Super Production Diesel, ficaram em 13.º no geral. “Nós queríamos ficar entre os 10 primeiros na geral, mas não deu. Nesta edição a participação das equipes oficiais de fábrica foi maior e elas têm equipamentos muito superiores e orçamentos milionários. De qualquer maneira, precisamos comemorar. Afinal, é o segundo pódio consecutivo na categoria carros Super Production Diesel”, afirmou Kolberg, vice-campeão da categoria no ano passado.

Terceira vez

Nas motos, Richard Sainct (KTM 660) confirmou seu favoritismo, completando o rali em 53h24min32, com vantagem de apenas 7min18s para o também francês Cyril Despres (KTM 660). Sainct já havia conquistado o título em 1999 e 2000. O italiano Fabrizio Meoni (KTM 950), campeão do ano passado, desta vez foi o terceiro colocado.

Jean Azevedo (KTM 660) obteve uma excelente quinta colocação no geral (a 1h46min05 do vencedor) e assegurou o título da categoria Production pela segunda vez – a outra foi em 1997. No pódio, recebeu dois troféus de Hubert Auriol, o diretor-geral do Rali. “Estou muito feliz porque a equipe (André, Klever e Lourival também são da equipe Petrobras/Lubrax) conquistou os objetivos e acabei em quinto entre todas as motos, resultado melhor do que eu esperava. Estes troféus têm um significado muito importante para o Brasil”, disse o piloto paulista, de 28 anos.

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