Rio de Janeiro – Pela primeira vez desde a conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, a seleção brasileira masculina de vôlei entrará em quadra em solo nacional. O reencontro com a torcida será hoje, às 10h, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, em jogo decisivo pela Liga Mundial 2005. Amanhã, as duas equipes voltam a se enfrentar no mesmo horário e local.
Portugal foi a seleção responsável pela única derrota do Brasil na Liga Mundial, na segunda semana da competição. As duas equipes têm a mesma campanha, com 11 pontos (cinco vitórias e uma derrota), mas os portugueses lideram pois têm um saldo de sets melhor que o time de Bernardinho. O primeiro colocado de cada grupo e a Sérvia e Montenegro, como país sede, se classificam para a fase decisiva da competição, de 8 a 10 de julho, na cidade de Belgrado.
?Brasil e Portugal disputam esta vaga e será um fim de semana crucial. Portugal vive um excelente momento, teve duas boas vitórias contra a Venezuela. Eles têm bom volume de jogo, sacam e bloqueiam bem. Nossa equipe não está consistente neste momento, mas, com atitude e motivação, encontraremos o nosso melhor vôlei?, disse o técnico Bernardinho.
O treinador comemora a integração de Giba e Gustavo ao grupo, mas não quer que todo peso recaia sobre a dupla. ?São jogadores de primeiríssima linha, mas não podem ser vistos como salvadores da pátria. Temos que dar tranqüilidade para que eles voltem com calma. Mas contar com o reforço deles é importante?, afirmou.
Para o oposto André Nascimento, a equipe sabe que tem de consertar o que fez de errado na derrota para Portugal. ?Erramos muitos ataques e contra-ataques. E os portugueses foram bem nas horas decisivas. Temos de impor nosso ritmo de jogo, pois uma vitória nos dará tranqüilidade?, analisou.
O capitão Ricardinho também fala da importância deste jogo. ?Ainda estamos ganhando ritmo de jogo, mas o grande lance é não cometermos os mesmos erros da partida em que perdemos para Portugal. A nossa preocupação deve ser em não deixar o time adversário crescer. Precisamos minimizar e eliminar qualquer chance deles gostarem do jogo. Não podem se sentir à vontade de jogar no Brasil?, disse o levantador.
Escadinha recomenda cautela. ?Temos pela frente duas partidas difíceis. O adversário vem jogando bem. Venceu a Venezuela por 3 a 0 duas vezes e nós perdemos para eles. Por isso, todo cuidado é pouco?, opinou o líbero.