Brasil duela com Argentina no remo

No futebol, no vôlei, no basquete, em quase todos os esportes é assim. O remo não é exceção. Brasil e Argentina, os dois maiores países da América do Sul, são antigos rivais esportivos. Neste sábado, a partir das 9h, nas raias do Parque Náutico Iguaçu, em Curitiba, a velha rivalidade será revivida através de remadas. Os VII Jogos Sul-Americanos – Brasil 2002 realiza o seu torneio de remo, e o público de Curitiba e São José dos Pinhais é convidado de honra. A entrada é franca.

A princípio, o confronto começaria hoje à tarde, com a eliminatória do Single Skiff Peso Leve. Porém, na manhã de ontem, o Congresso Técnico da competição cancelou a prova por causa da desistência dos barcos de Equador e Peru. Assim, os outros cinco países que estavam inscritos disputam diretamente a fase final, já valendo medalhas.

Além do Single Skiff Peso Leve, Brasil e Argentina se enfrentam em outras 11 provas: Double Skiff (masculino e feminino), Dois Sem (masculino), Double Skiff Peso Leve (masculino), Single Skiff (masculino e feminino), Four Skiff Peso Leve (masculino), Four Skiff (masculino), Quatro Sem (masculino), Quatro Sem Peso Leve (masculino) e Oito Com (masculino).

As duas equipes estão ansiosas para se encontrar na raia. “Sempre é um estímulo correr contra eles. Não adianta ganhar o Sul-Americano se a Argentina não estiver competindo”, disse o gerente técnico do Brasil, Rodney Júnior.

“É uma grande rivalidade porque, em geral, são os dois países que estão lutando pelo título. Nós conhecemos bem os brasileiros e vice-versa”, acrescentou Pablo Scuri, técnico da equipe argentina.

A rivalidade, porém, é só na água. “Do lado de fora, há amizade”, confessou Scuri. “Isso se vê bem, sobretudo em competições mundiais, quando um ajuda o outro, torce pelo outro”.

Nestes Jogos, o Brasil tenta quebrar a hegemonia continental dos argentinos. Desde 1990, a Argentina ganhou todos os Sul-Americanos. Mas, em casa, o Brasil quer conquistar o título, algo que não acontece desde 1988.

Para atingir este objetivo, a equipe brasileira considera que algumas provas serão chave na briga contra os argentinos. É o caso do Four Skiff, do Double Skiff e do Oito Com, todas no masculino. O remador brasileiro Marcelus Marcilli, que estará nesses três barcos, sabe da responsabilidade.

“Todos os páreos são importantes, mas alguns vão ser decisivos na soma geral. Queremos ganhar essas três provas para garantir uma vantagem”, disse ele, que ganhou o Four Skiff nos dois últimos Sul-Americanos (1998 e 2000) e o Double no último.

A disputa nos VII Jogos Sul-Americanos Brasil 2002, porém, não se restringe somente a Brasil e Argentina. Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai também estarão competindo. O Brasil é o único país que estará representado em todas as 14 provas do programa, representado por uma delegação de 29 atletas.

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