É vencer ou vencer. Depois de se classificar na primeira colocação do Grupo A, a seleção brasileira decide hoje, às 13h, diante do Chile, no Mineirão, em Belo Horizonte, sua sobrevivência e uma vaga nas quartas de final da Copa do Mundo. Reforçado pelo meio-campo paranaense Fernandinho, que deu uma nova cara ao Brasil na goleada sobre Camarões, o time comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari encontrará pela quarta vez os chilenos em duelos decisivos na história dos Mundiais.

continua após a publicidade

Apesar dos indícios da escalação de Fernandinho entre os titulares no lugar de Paulinho, Felipão ainda não sabe qual time vai entrar em campo. O ex-jogador do Atlético começou a ganhar a posição no segundo tempo da partida contra a seleção camaronesa. O londrinense deu outra cara ao meio-campo e ainda marcou o quarto gol que sacramentou a goleada sobre o time africano.

O técnico ainda pode promover mais uma mudança na seleção. As atuações irregulares do lateral-direito Daniel Alves nos primeiros três jogos da Copa do Mundo podem dar a Maicon uma vaga entre os titulares para o duelo contra os chilenos. “Não sei o time que vai jogar, porque sempre tem um problema ou outro acontecendo. No treinamento pode estar acontecendo sempre um problema e não adianta definir, para depois redefinir”, despistou o comandante da seleção brasileira.

Escalação à parte, se depender do retrospecto contra o Chile em Copas do Mundo, a seleção brasileira deverá garantir presença nas quartas de final até de maneira tranquila. Nas três vezes em que enfrentou os chilenos em Mundiais, o Brasil conseguiu três vitórias e, coincidência ou não, há exatamente quatro anos atrás, em Joanesburgo, na África do Sul, o selecionado brasileiro venceu os rivais de hoje por 3×0, pelas oitavas de final da Copa de 2010. A única semelhança para o duelo deste ano é o árbitro que apitou aquele jogo. O inglês Howard Webb será, a exemplo do último confronto, mais uma vez o juiz da partida entre brasileiros e chilenos.

continua após a publicidade

Mas a história deste confronto em copas começou cedo. No Mundial de 1962, na casa do país vizinho, a seleção brasileira, comandada por Garrinchá e Vavá – com dois gols cada -, venceu os chilenos por 4×2, na semifinal, no Estádio Nacional de Santiago, que recebeu na oportunidade mais de setenta mil torcedores.

Depois, as duas seleções só voltaram a se enfrentar nas oitavas de final da Copa do Mundo de 1998, realizada na França. Mais uma vez a seleção brasileira, então treinada por Zagallo, levou a melhor. Venceu por 4×1 e garantiu vaga nas quartas de final.

continua após a publicidade

A realidade, agora, é outra, mas jogando em casa e com tantos fatores pesando a seu favor, o time de Felipão tentará provar que não à toa é considerado o favorito para passar a próxima fase. Porém, o treinador não se apega no retrospecto favorável para o embate. “Esses dados só são bons ou ruins para vender notícias. Para nós, isso não serve e aqui pensamos na seleção chilena como um rival importante e perigoso. Além disso, atualmente existe uma grande igualdade entre as equipes”, finalizou.