Brasil 1 sobe pra quarta colocação após segundo portão de gelo

Wellington – O Brasil 1 ganhou uma posição na quarta etapa da Volvo Ocean Race e é o quarto colocado, 79 milhas atrás dos líderes, os norte-americanos do Piratas do Caribe. A vantagem para o sueco Ericsson, agora na quinta posição, é de 24 milhas.

"Após esse portão, estamos livres para ir para o sul, já pensando em como vamos chegar ao Cabo Horn. E, o melhor, é que as condições para velejar nessa direção são muito boas. Vamos pegar ventos mais favoráveis e um ângulo muito propício. O mais importante é que começaremos a navegar a favor das ondas", disse o comandante Torben Grael.

Os brasileiros continuam entre os mais rápidos na flotilha, mais lentos apenas do que o lanterna ABN Amro 2, 79 milhas atrás. Durante a madrugada de sábado para domingo, o Brasil 1 velejou sempre com médias superiores a 20 nós e, em sua melhor performance em 24 horas, percorreu 498 milhas em 24 horas, a maior marca da quarta etapa entre todos os barcos. Como resultado, reduziu em quase cem milhas a diferença para os líderes.

Pelo boletim divulgado na manhã de ontem, o Piratas do Caribe lidera a quarta perna, seguido pelo ABN Amro 1 (a 2 milhas), Movistar (a 14 milhas), Brasil 1 (a 79 milhas), Ericsson (a 103 milhas) e ABN Amro 2 (a 158 milhas).

Ciclone

Entre sábado e domingo, Torben Grael e sua tripulação passaram pelo último portão de gelo da etapa. Como chegaram ao ponto algumas horas depois dos concorrentes, os brasileiros foram beneficiados com ventos mais fortes para descer em direção ao sul. Com isso, o navegador Marcel van Triest pôde estabelecer uma rota mais ao leste da flotilha.

Os veleiros enfrentaram a pior noite desde o início da competição, entre sexta-feira e sábado. O Brasil 1 foi um dos mais castigados, ao pegar rajadas que chegaram a 60 nós, fruto de um ciclone extratropical que atingiu a região entre os dois portões de gelo. Apesar das condições difíceis, o barco brasileiro saiu intacto.

"Quando a frente entrou, o barco atravessou e felizmente não rasgou ou quebrou nada e ninguém se machucou. Depois a velocidade se estabilizou, mas o barco continua muito rápido e está bem cansativo velejar agora", explica Torben. "Andar acima de 20 nós, as condições são sempre duras", completa.

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