Preocupado com a possibilidade de ser julgado e punido pelo STJD, o atacante Borges tratou de explicar, neste sábado, a sua expulsão diante do Grêmio e rebater as críticas de que já estava com a cabeça fora do São Paulo. “Eu tenho caráter e muito respeito pelo clube que abriu as portas para mim. E não estou de corpo mole. Quando falam isso de mim fico bastante chateado”, desabafou.
Borges sabe que errou ao acertar o volante Túlio, do Grêmio. As imagens de televisão mostram golpes do jogador contra o adversário, numa briga antiga que vem desde os tempos em que Túlio atuava no Botafogo. “Eu entrei em campo para ajudar o time, mas terminei agindo de forma errada. Peço desculpas ao torcedor”, afirmou.
O atacante também pediu desculpas aos jogadores do seu time e à comissão técnica. “Falei com todos eles. O André Dias, que é nosso segundo capitão, me defendeu. Sou ser humano e posso errar ou acertar como qualquer outra pessoa”, disse o atleta.
Agora o maior adversário de Borges é o Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O procurador-geral Paulo Schmitt já pediu o vídeo com as imagens da partida e pode denunciar o atleta independentemente do que estiver na súmula do árbitro. Para Schmitt, Borges deve ser acusado no artigo 253, sobre praticar agressão física. O gancho pode variar de 120 a 540 dias. “Eu quero ser julgado pelo meu histórico, não por essa expulsão”, contou Borges.
O atacante lembra que essa expulsão veio numa péssima hora. “Antes disso, eu vinha trabalhando mais forte para dar a volta por cima. Esta foi apenas a segunda vez que fui expulso em toda a minha carreira e isso mostra que não sou um jogador violento”.
Borges também preferiu afastar as especulações de que não vai ficar no São Paulo em 2010. Seu contrato acaba no fim do ano e ele estará livre para decidir. “O São Paulo já conversou comigo e onde eu passo o torcedor pede para eu ficar no clube. E posso garantir: não assinei pré-contrato com outro clube. Quem disser isso está mentindo”.