Das andanças pela América do Sul hispânica, Ronaldo Borba Filho já trouxe, entre outros, Ferreira e Valencia. Agora, o olheiro oficial do Atlético acaba de desembarcar de nova turnê pelo continente com promessas de craques na prancheta.
Borba voltou na última sexta-feira para Curitiba, após cerca de duas semanas em quatro países (Peru, Colômbia, Chile e Equador). Ele conta que assistiu ao vivo ?de cinco a seis? partidas. Viu outras tantas pela televisão e aprimorou a rede de contatos que estabeleceu nos últimos anos. Trouxe na bagagem os nomes de cerca de oito atletas que considera capazes de vestir a camisa rubro-negra.
O observador assistiu, por exemplo, à final do Torneio Apertura do Campeonato Chileno, em que o pequeno Everton desbancou o Colo-Colo e foi campeão. Também viu jogos menos badalados, como uma partida decisiva da 2.ª Divisão colombiana. ?Você nunca sabe onde vai encontrar o craque?, explicou.
O observador baseia o rastreamento de revelações nas informações colhidas com colaboradores, que vão de profissionais ligados ao futebol a porteiros de hotel e taxistas. ?Junto várias opiniões, inclusive de gente que não tem qualquer interesse financeiro ligado ao futebol. Quando a coisa começa a bater, há um alvo a ser observado.? As posições mais carentes no elenco atual têm certa prioridade.
Para Borba, às vezes é preciso paciência para que o estrangeiro desabroche. Ele cita o caso do atacante colombiano Dayro Moreno, que chegou à Baixada em janeiro de 2007 e pouco jogou com a camisa rubro-negra. De volta ao Once Caldas, desembestou a marcar gols e foi vendido a peso de ouro ao Steaua Bucareste, da Romênia.
A valorização do real nos últimos anos, na opinião de Borba, tornou a contratação dos gringos ainda mais vantajosa. ?Eles têm mais disciplina tática do que nós. O estrangeiros que vem ao Brasil sabe que é a chance de vida dele e se doa por inteiro?, acredita.
O relatório com as características dos jogadores observados será avaliado a partir desta semana pela diretoria e comissão técnica rubro-negras.