Alexandre Fávaro permanece
na equipe titular.

É a hora do “vamos ver”. O Coritiba sabe que o momento é decisivo, e que não pode mais falhar nos jogos. A partir de hoje (20h30), contra o São Caetano, no Estádio Anacleto Campanella, o time de Paulo Bonamigo entra no ritmo de eficiência total, jogando cada partida como se fosse uma decisão. E é justamente isso, já que um bom resultado no ABC é mais um passo para a Copa Libertadores da América.

Principalmente porque o adversário desta noite é um candidato direto a uma das vagas – o São Caetano é o sexto colocado, com 59 pontos. Apesar dos seis pontos de frente, o Cori pode ver hoje essa distância diminuída para três. “Um empate nos coloca perto da Libertadores e uma vitória nos mantém com chances de aproximação do Cruzeiro”, comenta o técnico Paulo Bonamigo, ainda contando com um tropeço do líder, que hoje enfrenta o Internacional.

Mesmo assim, o treinador não quer pressionar o elenco. Por ter uma das melhores campanhas fora de casa, o Cori acabou se obrigando a sempre conseguir vitórias longe de Curitiba. “Essa pressão só atrapalha. Aí os jogadores tentam compensar só na disposição e acabamos esquecendo o lado técnico”, reconhece Bonamigo.

Isso talvez explique a queda de rendimento coxa fora de casa. Se no primeiro turno o aproveitamento foi de 54,55%, na segunda metade do brasileiro caiu para 33,33%, com apenas duas vitórias – sendo que uma delas aconteceu no próprio Couto Pereira, no clássico com mando do Paraná. “Temos que retomar essa qualidade de jogo fora de casa. Isso vai nos ajudar muito nessa reta final”, comenta o treinador.

E o objetivo é vencer em São Caetano, mesmo sabendo das qualidades do adversário, que tem a melhor defesa do campeonato brasileiro. “Só com esse fato a gente imagina as dificuldades que vamos ter”, afirma o meia Jackson. “É uma partida bem complicada, mas se fizermos o nosso jogo temos condições de voltar de lá com uma vitória”, garante o lateral Ceará.

Para conseguir os três pontos, Bonamigo trabalhou muito as jogadas de bola parada, que foram decisivas na vitória contra o Bahia. “Marcamos três gols em lances desse tipo, e eles vão continuar decidindo as partidas”, diz Jackson. “A gente tem que aproveitar essa nossa qualidade para buscar as vitórias. Se temos essa virtude, vamos explorá-la”, completa o volante Roberto Brum.

E, como pede o treinador, o Cori pretende jogar com alegria. “Quando tivermos a posse de bola, vamos mostrar qualidade, vamos partir para cima. Temos que provar que temos chances reais de ir ao Anacleto Campanella e trazer os três pontos”, finaliza Bonamigo.

Djames é a principal novidade do Coritiba

Em uma das partidas mais importantes do Coritiba na temporada, a aposta de Paulo Bonamigo é em um jogador que pouco jogou no Brasileiro, mas que carrega muita expectativa e até uma comparação nos ombros.

Após quase dois anos parado com diversos problemas no joelho, o meia Djames deverá a grande novidade coxa para enfrentar o São Caetano, hoje, às 20h30, no estádio Anacleto Campanella.

A entrada de Djames ainda não é oficial. O técnico alviverde só define a formação momentos antes do jogo no ABC, até porque dizia esperar o julgamento de Edu Sales – o atacante foi suspenso por dois partidas pelo TJD, que julgou sua expulsão no jogo contra o Guarani. Mas mesmo que Edu estivesse liberado, seria difícil que começasse jogando, já que a intenção de Bonamigo é compactar ainda mais o time, criar uma jogada pela esquerda para Adriano e ter fortes opções nas jogadas de bola parada.

Aí entra o meia-esquerda. “Eu sou aquele meia nato”, resume-se Djames. Foi bem isso que mostrou, logo que estreou no clube, em 2000. Ele teve ótimas atuações na Copa João Havelange, principalmente contra América e Atlético-MG, e credenciou-se a revelação do Coritiba. Mas más atuações no início de 2001 e a série de lesões que o perseguiu nos últimos anos o fizeram praticamente desaparecer do cenário alviverde.

Mas isso não fez com que os treinadores deixassem de acreditar nele. Ivo Wortmann (e seu escudeiro à época Caio Júnior), Ricardo Gomes e Joel Santana tiveram boa impressão do meia, mas pouco puderam usá-lo. Ano passado, Bonamigo já observava Djames, mas só pôde contar com ele a partir de abril, quando ele foi definitivamente liberado pelos médicos.

Aos poucos, Djames foi retomando sua posição. “Estou pensando que esse tempo todo não existiu. Foi só um pesadelo”, brinca. Após boas atuações na Copa Sesquicentenário, o armador voltou a freqüentar o banco de reservas, e após a boa atuação contra o Bahia ele ganhou uma vaga no time titular. “Agora quero voltar para não sair mais”, torce.

Normal

Nas outras posições, Bonamigo só altera o necessário – quer dizer, promove os retornos de Adriano, Reginaldo Nascimento e Odvan. A montagem da defesa deve ter Odvan como líbero, Nascimento pela esquerda e Willians pela direita. A mudança visa aumentar a velocidade da marcação coxa, dando maior liberdade para os avanços de Ceará e Adriano.

CAMPEONATO BRASILEIRO
Súmula
Local: Anacleto Campanella (São Caetano do Sul-SP).
Horário: 20h30.
Árbitro: Luciano Augusto Almeida (FIFA-DF).
Assistentes: Jorge Paulo Oliveira Gomes (FIFA-DF) e César Augusto Oliveira Pastro (DF).

SÃO CAETANO
X
CORITIBA

SÃO CAETANO – Silvio Luiz; Dininho, Gustavo e Serginho; Capixaba, Marcelo Matos, Fábio Santos, Marcinho e Zé Carlos; Adhemar e Warley. Técnico: Tite.

CORITIBA – Fernando; Ceará, Odvan, Reginaldo Nascimento e Adriano; Willians, Roberto Brum, Jackson e Djames; Alexandre Fávaro e Marcel. Técnico: Paulo Bonamigo.

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