Equivocado

BNDES desmente CAP sobre aprovação de financiamento

O presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, foi desmentido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que negou já ter liberado o financiamento para as obras na Arena da Baixada. No final da tarde da quinta-feira passada, o dirigente, em nota oficial assinada por ele, afirmou que o empréstimo já estava liberado. “O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) nos enviou a informação oficial de que, em reunião nesta manhã, aprovou o financiamento solicitado pela Agência de Fomento S/A e que será repassado à CAP S/A – A Arena dos Paranaenses – nos valores e condições solicitados”, escreveu.

Porém, o BNDES, ontem, além de não confirmar a liberação, esclareceu que o pedido feito pela Agência de Fomento do Paraná apenas teve uma etapa vencida, passando da situação de “carta consulta” para “pedido enquadrado”. O banco assegurou ainda que todos os contratos firmados são divulgados publicamente, assim que definidos, e não será diferente com a Arena da Baixada. “O pedido andou uma etapa necessária pelo qual o projeto precisa passar e ainda não foi aprovado. Quando for aprovado faremos a divulgação. O pedido andou e agora está seguindo os trâmites normais”, explicou a assessoria do banco.

A própria Agência de Fomento do Paraná também informou a nova fase da negociação de maneira diferente à dita por Petraglia. No site oficial, a instituição declarou que foi apenas mais uma etapa deixada para trás. “Nos próximos dias encaminharemos os documentos complementares ao Banco de Desenvolvimento para as providências finais e elaboração do contrato do Governo do Estado Paraná com o BNDES”, disse o presidente da agência, Juraci Barbosa Sobrino, ao site oficial da instituição.

Agora, o clube terá de enfrentar mais uma série de cumprimentos de exigências do BNDES até que tenha o empréstimo de R$ 138 milhões em mãos. Ele precisa cumprir mais quatro exigências, que vão desde apresentação do projeto aprovado pela Fifa até estudo de viabilidade financeira para manutenção do estádio após as obras. “Agora o projeto vai passar pela etapa de análise, depois será submetido à diretoria para ver se será contratado o financiamento e então serão feitas as liberações das parcelas”, explicou a assessoria do BNDES.

As exigências são feitas para evitar riscos ao banco. Por isso, não há previsão de data para que o contrato seja assinado e nem sobre prazo para liberação das parcelas.

Até sair a grana, caminho ainda será longo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acatou as orientações do governo federal e abriu uma linha de crédito específica para as arenas que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014, mas aumentou as exigências para as praças interessadas.

No Paraná, a Arena da Baixada tem certa vantagem por ser a Agência de Fomento do Paraná o agente que solicita o financiamento, e tem o governo do Paraná como bom cliente do banco. Mas não é sinônimo de facilitação no processo todo, o que significa que haverá um longo caminho a percorrer até que saia a primeira parcela dos R$ 138 milhões que o Atlético pretende emprestar pra reformar seu estádio.

A primeira delas já ficou para trás, que a fase de consulta prévia – iniciada a pedido da Agência de Fomento em agosto do ano passado. Só aí foram oito meses de espera até que o banco confirmasse a passagem para a fase seguinte. Nesta segunda etapa, o cliente terá seu projeto analisado e entrará na fase de discussão entre área operacional do banco e o clube, para que então avance para a etapa derradeira.

Após a aprovação dos projetos, o relatório será encaminhado à diretoria do ,banco, que analisará o pedido e decidirá quanto à liberação do empréstimo.