O presidente da Fifa, Joseph Blatter, acredita que o Brasil passou no teste ao organizar com êxito a Copa das Confederações. A competição ainda não chegou ao seu final – termina domingo -, mas o dirigente suíço aponta que o País conseguiu cumprir seu papel na competição que serve como termômetro do que será visto na Copa do Mundo.

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“O Brasil passou no teste. Do ponto de vista da organização do torneio, estou especialmente feliz com o que aconteceu aqui. Só recebemos elogios das oito delegações participantes da competição”, disse Blatter, em entrevista coletiva.

Contrastado com as manifestações que não só criticaram a Fifa e os gastos públicos com a organização da Copa do Mundo e da Copa das Confederações, mas que também chegaram a ameaçar a segurança das delegações estrangeiras no Brasil, o dirigente destacou uma pesquisa que apontou que 71% dos brasileiros apoiam a realização da Copa no País.

Questionado sobre as consequências dos protestos que tomaram as ruas do País nas últimas semanas, Blatter se esquivou. “Se o governo prometeu mudanças, isso não é nosso problema, é uma questão política. Obviamente, o torneio foi disputado em um contexto de agitação social, mas acho que o futebol desempenhou um papel positivo aqui”, disse.

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Blatter também foi perguntado sobre o prometido legado social e garantiu que, após a Copa, a Fifa deixará dinheiro para ser investido em ações sociais. “Nós deixamos um legado na África do Sul, um fundo de US$ 100 milhões que é controlado pela federação e o governo locais e a Fifa. Tenho certeza que um valor como esse ou ainda maior ficará aqui (no Brasil).”

Ele destacou que não é só o Brasil que tem problemas sociais. “Nós jogamos futebol atualmente em todos os países em conflito no mundo, como Síria e Afeganistão. Olhe para os países europeus, eles também têm conflitos sociais, como Portugal, França, Espanha, Itália, Turquia e Grécia.”

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