O Comitê de Ética da Fifa baniu de qualquer atividade relacionada ao futebol o presidente da Confederação Asiática (AFC), o catariano Mohammed Bin Hammam, investigado por desvio de verba e que chegou a apresentar sua candidatura à presidência do órgão reitor do futebol mundial.

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Bin Hammam, que já estava suspenso preventivamente, era também membro do Comitê Executivo da Fifa, mas no último sábado enviou uma carta ao organismo e à AFC anunciando a renúncia a todos os seus cargos.

O novo Código de Ética da entidade máxima do futebol, no entanto, estabelece que o Comitê de Ética mantenha sua competência para ditar uma decisão em uma investigação aberta mesmo se a pessoa envolvida tenha renunciado, por isso este decidiu banir o dirigente.

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A inabilitação se baseia no relatório do órgão de instrução do comitê, que atribuía ao catariano “violações reiteradas” do artigo 19 do código durante seus mandatos como presidente da AFC e como membro do Comitê Executivo da Fifa, entre 2008 e 2011.

A investigação sobre o comportamento do dirigente foi iniciado após uma denúncia do secretário-geral da Concacaf, o americano Chuck Blazer, que o envolvia com o presidente dessa confederação, o trinitário Jack A. Warner, na possível compra por US$ 40 mil de votos para ser eleito presidente da Fifa.

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Esse primeiro caso acarretou em outro, no qual ficou concluído que Bin Hammam se enriqueceu com fundos da AFC e entregou milhares de dólares a amigos e parentes. Uma auditoria revelou que ele gastou US$ 700 mil das contas bancárias da associação para benefício pessoal e familiar, comprando artigos de luxo para sua esposa e pagando um tratamento odontológico para a filha.