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Bauza lamenta saída de ‘jogadores vitais’ em sua despedida do São Paulo

A derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, na última quinta-feira, no Morumbi, foi a despedida oficial de Edgardo Bauza do São Paulo, que vai assumir a seleção argentina. Dono de dois títulos da Copa Libertadores, o treinador chegou nesta temporada para reestruturar o time e preferiu não dar uma nota para sua passagem pelo Brasil.

“É difícil qualificar isso… quando cheguei e começamos o trabalho, havia visto várias partidas anteriormente e começamos tentando criar ordem. Uma vez que a ordem se estabeleceu, pudemos dar mais crescimento e dar lugar a jogadores para aumentar o crescimento dele”, disse em sua última entrevista coletiva.

O treinador deu exemplos de atletas que renderam mais após sua chegada. “Kelvin é um exemplo. Via no Palmeiras e gostava, mas começamos pela esquerda e depois o fizemos render na direita. Ganso, falavam que não corria e não fazia gols, mas se transformou em um jogador vital para o time. Assim teve a chance de ir à Europa e voltar à seleção brasileira. Demos a possibilidade a Calleri de receber muitas bolas e se transformar em goleador.”

Foram 48 jogos do argentino pelo São Paulo, com 18 vitórias, 13 empates e 18 derrotas, resultando em 46,5% de aproveitamento. Nesta sexta-feira, Bauza já se apresenta à seleção de seu país.

Apesar de ter ajudado a colocar o time nas semifinais da Copa Libertadores, o treinador reconhece que seus números não foram tão bons no futebol brasileiro. Ele explica este fato pela saída de vários jogadores importantes do clube.

“Saíram Ganso e Calleri. Pense quantos gols saíram por eles? Essa é uma resposta. Os suplentes imediatos deles também saíram, Kardec e Rogério. Ytalo chegou e teve uma lesão até o fim do ano. A diretoria está trabalhando muito para compensar isso, mas não é fácil. Os que saíram foram fundamentais e não contar com eles, sem dúvida, nos prejudicou. Hoje, se tivéssemos a efetividade deles, não perderíamos. Futebol não tem merecimento. Se faz ou não os gols”.

“Patón”, como é conhecido o treinador, também disse que está à disposição para passar informações ao seu substituto no São Paulo. “O técnico que vier poderá ver no dia a dia o trabalho que deixamos. Com isso ele poderá analisar e continuar da forma que preferir. Se precisar conversar com o escolhido, vou contar o que passou, o que foi importante e minha opinião de cada atleta para que ele tenha uma base para começar. Quanto mais dados você dá a quem chega é melhor. A ideia é essa”.

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