Barbiéri prepara time para vencer na estréia

?A vitória é importante sempre.? Foi desta forma que o técnico Luiz Carlos Barbiéri respondeu às indagações sobre a importância de uma vitória em sua estréia. O treinador se mostrou extremamente detalhista nos treinamentos da semana e espera um bom jogo de sua equipe, amanhã, às 18h10, frente ao Juventude, no Alfredo Jaconi. Na sexta colocação, o Paraná Clube busca comprovar em campo que a troca no comando técnico já foi assimilada pelo grupo.

?A maneira de jogar é praticamente a mesma. Só que a mudança por si só já mexe com os ânimos dos jogadores. Todo mundo entra com mais gana?, comentou o zagueiro Daniel Marques. ?Os titulares querem mostrar que merecem a posição. Os outros, buscam receber uma chance e os treinos são mais disputados?, disse. Num primeiro momento, Barbiéri pouco mexeu na estrutura da equipe, mas não esconde sua preferência pelo 4-4-2 e uma alteração imediata, o novo técnico já processou: Thiago Neves volta à equipe.

Só que o meia atuará mais à frente, como um segundo atacante. A ausência de André Dias, vetado pelo departamento médico, determinou a escolha por esta formação. ?Poderia escalar o Wellington Paulista, mas eu lançaria de imediato todas as minhas opções de velocidade no ataque?, ponderou Barbiéri. Thiago já atuou nesta posição e muitas vezes se queixou pelo fato de jogar ?de costas para o zagueiro adversário?. ?Prefiro vir de trás com a bola dominada. Mas, ele (Barbiéri) já me deu algumas dicas para facilitar a minha ação em campo?, revelou.

O técnico busca resgatar o bom futebol que fez de Thiago Neves a principal revelação do Tricolor nos últimos anos. Mas, avisa: ?potencial ele tem, mas precisa ter movimentação em campo. Meia, parado, não rende?. Barbiéri, com esta definição, manteve o time no 3-5-2 (quase um 3-6-1), tendo um meio-de-campo compacto. Com a volta do capitão Beto, ele fortalece a marcação no setor, mantendo no time Rafael Muçamba e Mário César. Na zaga, a novidade é João Paulo, que substitui a Aderaldo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

Barbiéri se mostrou animado pela receptividade do grupo ao seu estilo de trabalho, acreditando que houve uma total assimilação de tudo o que foi aplicado nos últimos dias. ?Já tinham me avisado que o elenco era assim, muito profissional?, elogiou o técnico. ?Nesse primeiro momento, procurei dar ênfase à marcação forte até a retomada de bola e a saída rápida para o ataque?, disse. ?Ele usa muito o trabalho específico, corrigindo no ato qualquer deslize do time. Isso é bom?, explicou o volante Beto.

Com este tipo de treinamento, Baribiéri projeta uma equipe tão eficiente quanto a de Lori Sandri em termos de marcação (o Paraná tem a defesa menos vazada do Brasileiro). Só que com alguns ajustes, pode fazer com que o time se torne mais rápido nos contragolpes, para que a bola chegue com maior freqüência ao artilheiro Borges, que nas últimas partidas ficou muito isolado à frente. ?Teremos a cautela que o Juventude merece, pois trata-se de um bom time. Mas, quero a minha equipe jogando, buscando o resultado?, finalizou Barbiéri.

Mais um meia e um atacante

Diretoria e comissão técnica estiveram reunidas ontem à noite para analisar as carências do elenco tricolor. O técnico Luiz Carlos Barbiéri não esconde a preocupação com o número reduzido de atletas do atual grupo. ?Temos bons jogadores, mas são apenas 25 e com três goleiros. Temos um longo caminho pela frente?, comentou. Os dirigentes concordam e tentam viabilizar o quanto antes pelo menos mais duas contratações.

O Paraná busca mais um meia-de-criação e um atacante, devendo ainda reintegrar o zagueiro Alison (que estava no Cianorte) ao elenco. ?Temos carências, mas nossos recursos são escassos. Por isso, a torcida não deve esperar reforços de impacto?, avisou o vice de futebol José Domingos. Nos últimos anos, este não vem mesmo sendo o perfil do Tricolor no que diz respeito a contratações. Com um trabalho criterioso do diretor de futebol Durval Lara Ribeiro e do ?olheiro? Will Rodrigues, o Paraná teve um índice elevado de acerto, mesmo sob a política do ?bom e barato?.

?Não vou mudar minha linha de trabalho. Essa história de trazer medalhão não é para o Paraná?, confirmou Vavá Ribeiro. O atacante Wando (Vila Nova), por exemplo, está mais distante da Vila Capanema. Mas, é certo que a aposta do Tricolor será em jogadores da Série B, que tem sua última rodada programada para o próximo sábado. ?Há bons jogadores nestes times que não vão passar à próxima fase?, disse Will Rodrigues. Estão nesta situação equipes como Ituano, Ceará, Sport e Vitória, sem contar aqueles times que ainda brigam para se manter na segundona, como Paulista e Bahia.

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