O aproveitamento está muito aquém do esperado.
O técnico Luiz Carlos Barbieri previa dificuldades diante do processo de reformulação do elenco, mas acreditava numa evolução aliada a bons resultados. Após cinco rodadas, o aproveitamento é de apenas 40% e o treinador já deixou o Pinheirão sob vaias, na última quarta-feira. ?O torcedor é assim. Quer resultados. Não me abalo com esse tipo de situação?, afirmou. Com dois tropeços em casa – empates frente a União Bandeirante e Paranavaí -, o Paraná Clube terá que buscar a reabilitação no interior do Estado.
Dois pontos fundamentais vêm tirando o sono de Barbieri. Não bastassem as chances desperdiçadas no ataque, o Tricolor vem sofrendo muitos gols.
Foram cinco, em cinco jogos disputados. ?Jogamos com dois e até três zagueiros e mesmo assim os deslizes ocorreram?, lamentou o técnico paranista. Mesmo frente a equipes tecnicamente inferiores, o Paraná não conseguiu atingir o equilíbrio necessário para transformar volume de jogo em vitórias.
O único resultado positivo foi na primeira rodada, num ?magro? 1×0 sobre o Roma.
?O time está evoluindo. Mas, só isso não basta.
É preciso somar pontos.
O primeiro turno já está no final e para nos classificarmos, temos que jogar mais?, reconheceu o capitão Beto.
?A preocupação do torcedor é justificável e reflexo daquilo que o clube viveu nos últimos anos?, lembrou. Grande campeão da década passada, o Paraná não chega a um título estadual desde 1997 e nas três últimas temporadas fez apenas o suficiente para se manter na Série Ouro.
Em 2004, viveu seu pior momento, tendo que disputar um ?torneio da morte? para não ser rebaixado.
Naquele ano, nas cinco primeiras rodadas, o Tricolor – dirigido por Saulo de Freitas – somou apenas um ponto (rendimento de 6,7%).
Só que no ano passado – quando ficou somente na 12.ª posição – nesta mesma rodada, com Paulo Campos no comando, a campanha era ligeiramente superior à atual: 7 pontos e aproveitamento de 46,7%. ?Não tenho dúvida que é uma fase passageira. Esse time vai engrenar e chegará à classificação?, assegura Barbieri. Pelas projeções, 20 pontos são suficientes para garantir vaga na segunda fase. Ou seja, o Tricolor precisa de pelo menos mais 14 pontos nas nove rodadas que restam.
Edinho pode pintar como titular em Campo Mourão
O Paraná Clube terá as voltas de Émerson e Beto, mas outras mudanças devem ser confirmadas para o jogo de domingo – às 18h30, no Roberto Brzezinski, em Campo Mourão – frente à lider Adap. O técnico Luiz Carlos Barbieri não confirmou, mas nas entrelinhas deu a entender que Edinho retorna à lateral-esquerda. Titular da posição na reta final do Brasileiro, sua escalação depende da sua condição física.
Barbieri pretende manter o time no 3-5-2. ?Pelo perfil do elenco, é a melhor forma de jogar?, disse o treinador, convicto. Só que para o esquema funcionar, o Tricolor depende de um maior volume de jogadas pelos flancos do gramado. Nem Parral nem Rodrigo Alvim têm conseguido dar essa sustentação aos meias e atacantes. Como Edinho tem um apoio qualificado, a mudança pode assegurar uma evolução da equipe, fazendo com que as bolas sejam alçadas com maior qualidade na área adversária.
A única baixa – até o momento – é o meia Sandro, suspenso. A comissão técnica, no entanto, depende da recuperação de Leonardo.
O atacante foi substituído no intervalo da última partida devido a uma lesão na coxa. ?Foi um tostão, mas estou melhor e quero jogar?, disse o jogador. Leonardo, com dois gols no dois últimos jogos, é o principal artilheiro do Paraná neste estadual e o jogador mais regular do setor ofensivo.