Pela primeira vez desde que chegou ao Brasil para a Copa do Mundo, o técnico Cesare Prandelli permitiu que os jornalistas vissem um treino completo da Itália, e não apenas a parte do aquecimento e da roda de bobinho. Houve um importante trabalho tático, em que ele fez vários testes e chegou a deixar Balotelli entre os reservas por alguns minutos.
Mas, quando a bola parou e alguns jogadores foram treinar finalizações, o jogador do Milan mostrou do que é capaz e teve um aproveitamento impressionante tanto nos chutes sem bloqueio como naqueles em que havia a barreira móvel, e deixou claro que pode ser muito útil para o time, apesar da desconfiança de grande parte da torcida italiana que quer ver Immobile em seu lugar já na estreia de sábado contra a Inglaterra, em Manaus.
Balotelli, Pirlo, Insgine e Cerci foram os jogadores que praticaram chutes de fora da área – dos quatro, apenas os dois primeiros são titulares. Sem barreira, batendo da meia-lua, o centroavante massacrou os goleiros. Com um tiro duro e seco, ele cansou de estufar a rede – tanto com chutes rasteiros como altos. Seu alvo preferido era o canto direito. Pirlo, estranhamente, não teve bom rendimento.
Depois de uns dez minutos foi colocada a barreira móvel, e Balotelli continuou sendo o melhor. Batia forte e no chão quando escolhia o canto do goleiro, ou pelo alto quando decidia mandar no lado oposto.
Como a equipe vem tendo dificuldade para criar chances de gol trocando passes – exceção feita ao jogo contra o Fluminense, porque a defesa carioca foi muito generosa e deixou os italianos entrarem livres várias vezes -, o treinador quer ver mais chutes de fora da área. E seu grupo de atiradores de elite é formado por Balotelli, Pirlo, Candreva e De Rossi. Se sábado o centroavante estiver com a pontaria que exibiu no treino desta quarta, o goleiro inglês Joe Hart vai sofrer em Manaus.