As incertezas sobre o calendário do futebol brasileiro em 2003 já trazem prejuízos para as federações e os clubes. O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Eduardo José Farah, ainda não sabe se poderá fazer o Paulistão com 12 ou 19 datas e também aguarda uma definição para lançar um plano de marketing para o Rio-São Paulo. Questões como essa fazem o dirigente paulista pensar, outra vez, na presidência da CBF. Para ele, o ano de 2003 será de “transição” para o futebol brasileiro. A CBF deverá marcar eleições no segundo semestre e o presidente da FPF e Liga Rio-SP aceita ser candidato desde que seja amparado por um grupo de dirigentes.
Como parte dessa transição, ele aponta que haverá logo um novo dirigente de esportes no governo federal. “Fala-se do deputado Aldo Rebelo. Se eu pudesse votar em alguém para esse cargo eu votaria nele. O Rebelo já provou que conhece futebol e foi muito correto na CPI da Câmara.”
A FPF, hoje, tem cerca de R$ 30 milhões em caixa. Farah diz que se estivesse na CBF, o ativo seria 10 vezes maior, cerca de R$ 300 milhões. “Eu poderia, como faço em São Paulo, ajudar os clubes. E ainda daria para oferecer uma compensação financeira para segurar no Brasil cada jogador de menos de 21 anos cobiçado por um clube europeu.”


