A vitória por 3×1 contra o Figueirense no último domingo encerrou a participação do Atlético na primeira fase do Brasileiro. Terminar esta etapa com uma vitória foi muito mais importante do que apenas os três pontos. Além do sucesso contra o adversário catarinense, o resultado levou o Furacão ao quinto jogo de invencibilidade. Desde a derrota para o Inter, o Rubro-Negro venceu dois jogos (contra Coritiba e Figueira) e empatou outros três (Chapecoense, Corinthians e São Paulo). Coincidência ou não a melhora passa pela troca de comando técnico.
Sem questionar a verdadeira qualidade de Miguel Ángel Portugal, o time deu uma guinada sob o comando de Leandro Ávila. O antecessor era um profissional de convicções e delas não abria mão. Com poucas variações táticas, o time se amarrava num só esquema tático. Após a saída de Portugal, o time passou para o comando de Leandro Ávila, ex-auxiliar, e Antônio Lopes. O veterano da bola orientou o técnico interino em diversos momentos, sendo presença constante nos vestiários. Os próprios jogadores citavam a influência de Lopes como decisiva para a mudança de postura da equipe. Mas aos poucos, jogo a jogo, o time mostrou que tinha mais a cara de Leandro Ávila do que a do já conhecido estilo Lopes de jogar futebol.
E o estilo Ávila, paizão da turma, deu certo. Com a boa sequência de resultados o interino caminhou a mesma trilha de Ricardo Drubscky, que nunca foi efetivado, mas que foi o técnico que levou o Furacão de volta à Série A. Ávila, funcionário do clube e membro da comissão técnica permanente, preferiu a cautela. “Vou procurar descansar a cabeça um pouco. Vamos aguardar. O que a gente queria era a vitória pra estarmos um pouco melhor na tabela antes da parada da Copa. Agora vamos pensar o que fazer. Vamos conversar com a diretoria e o que definirem vamos acatar”, disse ao microfone da Tribuna 98 ainda no gramado do Orlando Scarpelli.
Há uma tendência dentro da diretoria atleticana em manter Leandro Ávila no comando. A busca por um novo treinador, por enquanto, está encerrada.