Quem foi à Arena para acompanhar a reestreia do ídolo Alex Mineiro teve que se contentar com os gols de Willian. O atacante foi autor de dois dos três gols do Avaí que determinaram a oitava derrota do Atlético no Brasileirão. O resultado de 3 a 1 expôs toda a fragilidade do elenco rubro-negro e feriu profundamente o sentimento do torcedor que, mesmo numa noite fria e chuvosa, compareceu ao estádio para incentivar. A derrota fez surgir na Arena, mais uma vez, xingamentos e vaias à comissão técnica e aos jogadores. Os únicos poupados foram Wesley e Alex Mineiro. O Atlético permanece na zona de rebaixamento e precisa acordar neste Brasileirão.
O que começou com uma grande festa para a torcida rubro-negra com a apresentação de Claiton (novo reforço) foi se transformando em tristeza e lamentação com o passar do tempo. Muito modificado em relação aos últimos jogos, o time atleticano não se encontrou em campo durante o primeiro tempo. Os jogadores pareciam estar se conhecendo naquele momento e não conseguiam criar uma jogada sequer. Não apresentavam tabelas, triangulações ou ultrapassagens pelas laterais. E, o pior de tudo, não marcavam e davam espaço para o adversário jogar. E com essa facilidade, o Avaí foi aos poucos crescendo na partida sob o comando de Marquinhos. E sempre atuando pelo lado esquerdo, nas costas de Alberto.
Assim não demorou para a equipe catarinense abrir o placar. Liberdade para Eltinho, que achou Willian sozinho na entrada da área. O atacante chutou, Galatto deu rebote e Muriqui completou: 1 a 0. Desordenado em campo, o Furacão tentou ir pra cima, mas foi surpreendido nos contra-ataques. O Avaí dominou o jogo e ampliou aos 27 minutos. Novo erro de marcação e Willian, sozinho, só empurrou para a rede – 2 a 0.
O gol acabou com o Atlético em campo, que só esperou o apito para sair vaiado de campo em direção ao vestiário.
No retorno para o 2.º tempo, mudanças inclusive no sistema de jogo. No 3-5-2 e com meias jogando como alas, o rubro-negro tentou um abafa. Sem sucesso. Aos 16 minutos, Willian sacramentou a oitava derrota do time paranaense no campeonato. O atacante deu uma caneta em Carlão e fuzilou Galatto – 3 a 0.
Bastou para a Arena explodir em gritos de burro e demais xingamentos para Waldemar Lemos. Para o time, o famoso coro de “vergonha”. Nesse clima pouco amistoso, o Atlético descontou com Marcinho. Mas foi pouco e a torcida rubro-negra, teve que aguentar a festa azul e branca em seu estádio, na quarta vitória seguida do Avaí, neste Brasileirão.
