João Alfredo Costa

Veja quais são os planos da oposição para o Atlético

Entendedor do mundo da bola, o empresário João Alfredo Costa Filho foi o responsável direto como vice-presidente de futebol do Atlético em 2012 pela montagem do time que conseguiu, na Série B daquele ano, o acesso para a elite do futebol brasileiro. Costa Filho, que teve rápida participação da gestão de Mário Celso Petraglia em 2013, mas deixou o clube por discordar das ideias do mandatário, é responsável pela vinda do goleiro Weverton e pela venda do atacante Fernandão, que rendeu dividendos ao caixa atleticano. Agora, o dirigente faz parte do grupo da oposição da chapa Atlético de Novo e é candidato à presidência do Conselho Administrativo do Furacão. Confira a entrevista de Costa Filho concedida à Tribuna.

Como será o relacionamento com a torcida, com o associado e com a imprensa?

Nós vamos trazer de volta para o torcedor do Atlético a alegria, de volta o vermelho e preto. Essa tristeza, esses torcedores cabisbaixos vai acabar. Vamos melhorar, com muita inteligência, o plano de sócios, diminuir os valores. A matemática é simples. Vamos colocar, pelo menos, 35 mil sócios na Arena da Baixada. Sobre a imprensa, primeiro temos que pedir desculpas pela forma que foram tratados nos últimos quatro anos. A imprensa é útil ao clube e a torcida. Temos que ter uma convivência boa, com regras estabelecidas, mas com a dignidade que eles merecem.

Se vencer, qual será seu modelo de gestão a frente do Atlético?

Institucionalmente eu serei o presidente do Atlético, o Henrique Gaede do Deliberativo, mas teremos um conselho gestor de oito a dez pessoas extremamente capacitadas que, juntas, vamos nos unir e tomar as decisões. Em casos polêmicos, pode ter certeza que o conselho gestor vai se reunir e a probabilidade de erro será melhor. Não que não haverá erro, mas a chance é pequena. Cada pessoa cuidará do seu setor, pois não há como um presidente cuidar de tudo. Teremos pessoas qualificadas e com condições de contribuírem com o Atlético. Esse modelo de conselho gestor já deu certo e fomos campeões brasileiros.

Qual foco será dado para o futebol do Atlético?

Posso afirmar com segurança que esses jogadores que estão no Atlético são pessoas de caráter e bons jogadores. O que precisa fazer é mudar o ambiente, que está carregado e tenho conhecimento disso. Isso tem que ser mudado e vamos conversar com esses jogadores para colhermos bons frutos a partir do ano que vem. Vamos contratar jogadores de qualidade, focar em todas as competições, principalmente no Campeonato Paranaense neste primeiro momento. Vamos ver primeiramente qual a situação que vão nos deixar o clube para, depois, iniciarmos as contratações. O torcedor vai voltar a sorrir.

Se vencerem as eleições, vocês temem dificuldades no processo de transição?

Os primeiros três meses serão difíceis. Não sabemos o que vamos encontrar. Temos que abrir a caixa preta e, se eles não deixarem a chave, teremos que arrombar. Temos que olhar e analisar tudo com carinho. Fazer uma auditoria. Espero que além de atleticanos que eles (situação) dizem ser, eles sejam homens para deixar o clube em uma situação pelo menos confortável para que a gente possa focar e fazer uma grande administração.

Como pretende pagar as dívidas e negociar o acordo tripartite com a Prefeitura e o Governo?

A instituição tem que honrar as suas dívidas e, dentro das possibilidades, conversar com os credores. Com relação ao tripartite vamos brigar pelo melhor do Atlético, mas com diálogo e respeito, o que não aconteceu com o atual presidente. É preciso mudar o interlocutor. Assim ficará mais fácil. É preciso respeitar o governador e o prefeito. Vamos buscar aumentar as receitas, mas não vamos nos meter em shows. Vamos apenas alugar o estádio pelo preço que acharmos justos, mas sem correr o risco que aconteceu recentemente, quando o clube teve prejuízo de R$ 800 mi,l com o show do Rod Stewart. Temos empresas interessadas em patrocínios e, principalmente, na negociação de contrato do naming rights da Arena.

Como reagiu as acusações da atual gestão nos últimos dias?

Com muita tranquilidade. Apresentei as certidões atualizadas e, tanto que a Junta Eleitoral não considerou aqueles documentos que ele apresentou. Nossa campanha foi limpa e isso vai fazer a diferença. O torcedor atleticano gosta de campanha limpa, com propostas, com discussão de ideias. É triste a outra chapa ter que partir para o lado pessoal. Nós não fomos e preferimos o confronto de propostas. Ficou claro que essa maneira e tratamento truculento tem que acabar e esse coronelismo do atual presidente terá seu último capítulo no sábado.

Considera a união com outras três chapas de oposição importante para vencer o pleito?

Foi muito importante, sem dúvidas. Todos viram que unidos somos ainda mais fortes. Já éramos e ficamos mais. Nossas propostas vieram de encontro com a desse pessoal que, demonstrou acima de tudo, que quer o bem do Atlético. Ninguém pediu nada e o apoio dos ex-jogadores foi muito importante. Eles mostraram muita dignidade e honradez para vestir a camisa da nossa chapa.

Confira aqui a entrevista com Luiz Sallim Emed, candidato da situação!

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