Chance da vida

Sérgio Vieira estreia no Atlético, mas sabe que é interino

Sergio Vieira teve ontem sua primeira aparição como técnico do Atlético. Para muitos, a primeira vez que se viu o rosto do
português que comandará interinamente o time. E na entrevista dada à RPC ele apresentou as credenciais que o trouxeram para o Brasil – ousadia, conhecimento e ambição. Ele não escondeu que a decisão de deixar a Europa tinha uma razão clara: deixar o papel de observador e virar técnico. Por enquanto o treinador de 32 anos está conseguindo.

Vieira foi um jogador de times menores de Portugal. Ainda atleta optou por começar a estudar e se preparar para seguir trabalhando no esporte. “A minha vontade era de conhecer mais os segredos do jogo e buscar um nível de conhecimento diferente”, comentou. Seu papel por lá sempre foi o de observador técnico e tático – tanto para avaliar adversários quanto para implementar estratégias de jogo internamente.

Seus principais trabalhos em Portugal foram no Braga e no Sporting. Ele estava no Braga quando a equipe subiu de patamar, saindo de um clube pequeno para virar um time médio no cenário europeu, chegando até a disputar uma Liga dos Campeões. Depois, foi trabalhar em Lisboa, sempre como analista de desempenho.

Quer mais

Mas Sergio Vieira tinha planos maiores. Por isso decidiu vir para o Brasil. “O passo que dei foi muito importante, meu
objetivo era ser treinador. Não poderia mudar da Europa para o Brasil se não fosse para fazer uma mudança na carreira. Vim para cá para conquistar, para me valorizar e valorizar o clube”, disse para o Globo Esporte. A opção pelo Atlético foi pela estrutura – e também pela parceria que estava sendo formada com a empresa Exos, especializada em desempenho esportivo. A parceria não andou, mas Vieira ficou.

E foi integrar o famoso Departamento de Informação do Futebol, o DIF – que sempre gera polêmica quando citado. Rapidamente cresceu no clube e passou a treinar o time sub-23 na Taça FPF. Por pouco tempo, pois acabou sendo convocado para treinar o Guaratinguetá, que foi praticamente encampado pelo Furacão, emprestando o técnico e vários jogadores. Lá, o desafio era manter o time na Série C. Com um elenco jovem, Vieira atingiu o objetivo.

Treinador

Agora, vem o passo principal. “Naturalmente, é uma chance boa, de grande dimensão na minha vida profissional. Vou tentar agarrar com todas as minhas forças para que os resultados se reflitam em campo”, disse. O português sabe que está no cargo interinamente – mas também sabe que interinidades no Brasil podem durar mais que comandos efetivos. Apesar da vontade de seguir, Sergio Vieira mantém-se tranquilo. “Aquilo que for a decisão do clube, eu aceito de corpo e alma porque sei que é uma decisão em prol do clube. Se vier outro treinador ou não, compete à diretoria decidir. O que me foi comunicado é isso: trabalhar, ganhar o próximo jogo e aceitar tudo aquilo que a diretoria decidir de corpo e alma. É isso que eu vou fazer”, completou.

Palco de primeira em Brasilia

Brasília – Pense num dos estádios mais bonitos do País. Para setenta mil pessoas, novinho em folha. É o Mané Garrincha, o mais caro dos palcos da Copa do Mundo, usado de vez em quando – e nos jogos dos times do DF, que quase não acontecem nele, o cenário é de desolação.

Dentro do Mané Garrincha, a estrutura impressiona. Elevadores e escadas rolantes, gramado em boas condições, cadeiras
intactas e limpas, cabines para imprensa gigantes.

Veja aqui mais lances da classificação do Atlético!

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