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Oficialmente, Atlético ignora recorde do Paraná Clube e deixa pra trás ‘Arena da Baixada’

A partir de agora, Arena da Baixada é chamada oficialmente de Joaquim Américo. Foto: Marcelo Andrade

Aos poucos, o Atlético vai deixando de lado o nome Arena da Baixada e retomando Joaquim Américo para se referir ao seu estádio. Na última quarta-feira (1), o clube divulgou o calendário de jogos no Brasileirão chamando sua casa pelo antigo nome, mas excluiu de vez a Arena dos documentos oficiais.

Em setembro de 2015, a diretoria havia rebatizado o estádio. O ‘velho’ Joaquim Américo havia sido esquecido. O nome oficial passou a ser ‘Estádio Atlético Paranaense’ ou ‘CAP Stadium’, enquanto Arena da Baixada passou a ser considerado um apelido, tanto nos materiais de divulgação do clube, como no site oficial.

Agora, no setor de patrimônios do clube, no site atleticano, o estádio leva dois nomes: Estádio Atlético Paranaense e Estádio Joaquim Américo Guimarães.

O fim do ‘apelido’ reforça a estratégia do clube de faturar com os chamados naming rights, a venda do nome para empresas, pois alcunhas populares (como Baixada) inibem potenciais anunciantes.

Recorde de público

O Atlético também alterou a seção dedicada aos recordes de público da Baixada. Em 2015, constava apenas o então recorde da partida entre Austrália e Espanha, pela Copa do Mundo de 2014, quando 39.375 pessoas viram o jogo.

Neste ano, o Paraná Clube bateu o recorde do Mundial. Mas a marca paranista não consta no site oficial do Furacão. Agora, a seção de recordes é dividida em duas: “Recorde de público em jogos do Atlético” e “Recorde de público em eventos”.

O primeiro aconteceu na partida do Furacão contra o Flamengo, na rodada final do Brasileirão de 2016: 38.020 (35.396 pagantes). O segundo, no UFC 198, também em 2016: 45.207 pessoas.

Atual recorde do estádio em partidas de futebol, o público obtido pelo Paraná contra o Inter, na Série B deste ano, não é mencionado, mas 39.414 pessoas compareceram ao duelo.