O jogo de domingo no Germano Krüger mostrou mais uma vez o trabalho de Cristóvão Borges para reformular o time do Atlético. Ele quer sim um time que saiba o que fazer com a bola. Vinícius é o símbolo dessa transformação, que é parte do que o treinador pensa sobre o futebol.
Em conversa com Cristóvão, é evidente como ele quer mudar a filosofia de jogo do Furacão. “Na minha cabeça, o futebol se faz com posse de bola. Jogando, tendo controle tático. É isso que eu quero ver. E o Atlético tinha muita dificuldade em fazer isso. Era uma situação que eu detectava observando a equipe jogar”, avalia o treinador.
Mais que ser uma equipe ofensiva, a mudança de estilo transforma o Atlético num time equilibrado. “A gente defendia mal. E defesa não é apenas marcar com os zagueiros e os laterais, é uma construção feita lá do ataque. É tudo isso que faz um time mais organizado. Além do mais, se você ficar com a posse de bola, vai se cansar menos. O Atlético era um time que corria muito e não conseguia controlar as partidas”, definiu Cristóvão.
Evolução
Foi o que se viu em Ponta Grossa. Nada de pressa para atacar, humildade para recuar quando era preciso, um time inteligente que joga no ritmo de Vinícius – que sabe acelerar ou segurar a onda. Mas se é preciso contra-atacar, o Furacão continua tendo essa capacidade, e foi assim que surgiu o segundo gol. E o time não sentiu o desgaste, evitando entrar na correria do Operário.
O processo ainda não terminou. Cristóvão ainda vê erros na equipe, e quer que essa filosofia seja implantada aos poucos. “Eu sei que vamos ter jogos melhores e piores, vamos ter mais ou menos dificuldades. Mas vamos montar uma equipe capaz de enfrentar qualquer adversário e de saber atuar em qualquer circunstância”, finaliza o técnico atleticano.
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