Brasília na mira

Atlético tenta espantar crise e seguir na Sul-Americana

A partida desta noite entre Brasília e Atlético, às 22h, no Mané Garrincha, é mais do que um simples mata-mata da Copa Sul-Americana. Se para os donos da casa é a maior partida da história do clube, para o Furacão vale a temporada. Em crise após perder quatro jogos seguidos no Brasileirão e demitir o técnico Milton Mendes, todas as apostas deste 2015 estão no torneio continental – que vale a primeira taça internacional rubro-negra, um bom dinheiro (ainda mais com o dólar passando dos quatro reais) e a sonhada vaga para a Libertadores do ano que vem. O jogo de hoje terá transmissão da RPC.

Só que o Atlético deveria chegar para o jogo bem mais tranquilo. Nesta Sul-Americana, jogou três vezes e ganhou as três. Na última quarta, derrotou o Brasília por 1×0, e por isso pode jogar por um empate ou por qualquer derrota por um gol de diferença desde que faça um gol (2×1, 3×2, 4×3 e assim por diante). É uma vantagem confortável para qualquer time, mas isso nem foi assunto nos últimos dias, por conta da profunda turbulência que o clube viveu, com as derrotas, as cobranças e a posterior demissão de MM.

Assim, o estreante interino Sergio Vieira (ver página 21) assume o time em meio a pressão por resultados – nem tanto no Brasileiro, mas principalmente na Sul-Americana. Ganhar a competição significar dar mais um passo na promessa da atual diretoria quando foi eleita, a de ser campeão do mundo em dez anos. Promessa que é usada como motivação pelo treinador português. “Eu optei pelo Atlético pelos objetivos ambiciosos que tem, de ser campeão do mundo”, afirmou Vieira ontem, em entrevista à RPC.

Necessidade

Acima de tudo, eliminar o Brasília hoje representa “estender” a temporada. A queda de Milton Mendes deixou evidente que o Furacão vai fazer no Brasileiro apenas o necessário para não correr riscos de rebaixamento, fato citado pelo próprio MM ao falar sobre sua saída. Enquanto isso, a Sul-Americana tem apenas mais cinco jogos até a luta pelo título. Classificando, o Rubro-negro estará nas quartas-de-final e terá que sair do país pela primeira vez no torneio.

E aos poucos os atleticanos tentam assentar a poeira e pensar no que vem pela frente. “A gente trabalha em um clube grande e precisa buscar uma recuperação imediatamente”, resume o volante Deivid. “O mais importante é preparar a equipe agora para ganhar na Copa Sul-Americana, passar esta eliminatória e, na sequência, ganhar o próximo jogo. Estou de corpo e alma nos projetos do clube”, finaliza Sergio Vieira.

Local

O estádio Mané Garrincha sequer estará aberto por completo no jogo entre Brasília e Atlético. A administração vai liberar apenas espaço para 22 mil torcedores.

O “Chinão”! Leia mais sobre o Atlético na sempre polêmica coluna do Mafuz!

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