Fora do eixo

Atlético não transforma posse de bola em ofensividade e sofre no empate com o Bahia

Bahia 'mordeu' o Furacão na saída de bola e time teve dificuldades para atacar e para trocar passes. O que foi crucial na partida. Foto: Adilton Venegeroles/Estadão Conteúdo

O empate em 0x0 com o Bahia, que aconteceu neste domingo (29), na Fonte Nova, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, manteve o Atlético ‘principal’ invicto na temporada e em uma boa posição na tabela da competição, com cinco pontos somados entre nove disputados. Porém, mais uma vez o Furacão teve dificuldades fora de casa e segue sem vencer como visitante.

Até aqui, o time do técnico Fernando Diniz disputou cinco jogos longe da Arena da Baixada, somando cinco empates. E diante do Bahia o Rubro-Negro encarou uma nova dificuldade: a marcação sob pressão. Desde o início da partida os donos da casa se mantinham lá na frente, criando boas chances e partindo para cima. Mesmo assim, o Atlético não mudou sua postura dentro de campo.

O reflexo disso foi um jogo onde o Furacão tinha posse de bola, mas não finalizava, enquanto os baianos eram mais rápidos nas construções das jogadas e concluíram a gol 17 vezes, não saindo com a vitória graças ao goleiro Santos. O camisa 1 atleticano foi decisivo na partida, com boas defesas – duas delas à queima-roupa – e garantiu o 0x0 no placar. Mas o desempenho no meio-campo é que preocupou o Furacão.

O que era a grande qualidade da equipe, passou a ser um problema em Salvador. Tudo bem que o Rubro-Negro teve mais posse de bola, mas parecia não saber o que fazer com ela. Os erros de passes foram muito mais elevados do que vinha acontecendo até então, justamente no setor de criação. Com isso, o Bahia aproveitava para puxar contra-ataques e chegar pressionando, fazendo a defesa trabalhar mais do que o normal.

“A bola chegava no meio-campo já com chances de atacar e o jogador tocava a bola para o lado, para trás e tínhamos que recomeçar. Faltou profundidade, erramos alguns passes. Quase todas as chances do Bahia foram em erros nossos no meio-campo. Mas o time não saiu das suas características, tivemos bons momentos no segundo tempo e foi um jogo muito aberto”, avaliou o técnico Fernando Diniz.

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Ainda assim, o Atlético teve boas oportunidades de sair com a vitória. Primeiro, quando, enfim, a paciência com a bola deu resultado e o time chegou pela direita, com Guilherme aparecendo sozinho dentro da área, mas parando em Zé Rafael, que tirou em cima da linha. No final, Thiago Carleto, na sua principal característica, a bola parada, carimbou o travessão.

De qualquer forma, muito pouco para quem vinha atuando de maneira segura e consistente. Apesar de ter mantido seu estilo de jogo, desta vez, o Atlético não funcionou e terá que melhorar para a sequência do Brasileirão.