Quem foi ao jogo do Atlético ontem já pôde conhecer a revista Furacão. O novo veículo de comunicação rubro-negro comemora o aniversário de 85 anos do clube, e estará à venda a partir de amanhã, por R$ 4,90.
A novidade é a evolução de uma idéia que surgiu pela primeira vez no clube há sete décadas. Em 1939, o Atlético lançou a revista Rubro-Negro, 1.ª publicação oficial do clube, que completava 15 anos de fundação.
Historiador e guardião do acervo histórico rubro-negro, o professor Heriberto Ivan Machado guarda na coleção o terceiro número da Rubro-Negro. A edição traz matérias sobre a vida social do clube, como bailes e campeonatos de basquete, atletismo e outros esportes. Além, é claro, da equipe de futebol.
O coordenador da primeira revista atleticana era Itaciano Marcondes, presidente dez anos depois e comandou o clube na histórica campanha do Furacão de 1949. Entre os colaboradores, o ex-atacante Zinder Lins, bicampeão em 1929 e 30 e autor da letra do hino rubro-negro.
Nas décadas seguintes, o Atlético lançou várias publicações como a Revista do Rubro-Negro, que comemorou o aniversário de 30 anos do clube, em 1954. Em 63, foi a vez de uma revista em formato de gibi, chamada O Cartola. O objetivo era vender títulos patrimoniais de um novo estádio, na verdade uma reforma da antiga Baixada que nunca saiu do papel.
A fórmula de usar revistas para promover produtos lançados pelo clube foi repetida na década de 70. Foi assim com a Super Atlético, e Bolão do Atlético. Em 96, a Revista do Atlético fez sucesso, teve boa vendagem, mas durou apenas três números. Em 2005, surgiu a Preliminar, que era distribuída na Arena, em dias de jogos. Em 2008 veio a Nosso Furacão, para os sócios.
“Essas foram as principais publicações oficiais do Atlético. Em outros períodos, houve a edição de boletins informativos e também o lançamento de dois ou três jornais”, diz Heriberto. Quem possuir revistas antigas do Furacão pode ajudar na ampliação do acervo histórico, entrando em contado com o clube e fazendo uma doação.