Indiretamente, o Atlético virou o centro das atenções dos noticiários desde o domingo, quando o goleiro Weverton foi confirmado como o substituto de Fernando Prass na seleção brasileira olímpica. Junto com o nome do arqueiro, sempre aparecia o Furacão e lances do jogador vestindo a camisa rubro-negra. Algo que há tempos não acontecia com os times daqui.
Para se ter uma ideia, o último atleta atuando no futebol paranaense convocado para a seleção foi o zagueiro Emerson, em 2011, quando defendia o Coritiba. Desde então, o Estado ficou escondido. Mas, se referindo apenas ao Rubro-Negro, ser notícia fora dos campos não é tão novidade.
A derrota por 2×0 para o Sport, no último sábado, já nem é mais lembrada e foi ’ofuscada’ pela convocação de Weverton. Porém, desde 2010, quando a Arena da Baixada foi confirmada como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, o Atlético vira assunto nacional fora de campo, para o bem e para o mal.
Nos quatro anos em que o estádio foi reformado, volta e meia o clube era lembrado, por conta dos atrasos nas obras e uma possibilidade de ficar fora do Mundial, algo que só foi confirmado faltando quatro meses para a competição começar. Antes, em 2009, o CT do Caju também foi destaque quando a seleção brasileira utilizou o local como preparação para a Copa do Mundo de 2010.
Depois, mais uma vez o Atlético virou notícia por conta da Arena. Primeiro, pelo teto retrátil, instalado no ano passado e grande novidade na América do Sul. Em 2016, foi a vez do gramado sintético, também um pioneirismo atleticano.
Agora, foi a vez da estrutura e do trabalho do clube serem elogiados. Na entrevista coletiva na apresentação à seleção, Weverton destacou o trabalho que Paulo Autuori vem desenvolvendo. ‘O estilo de jogo do Micale é parecido com o que faço no Atlético com o Paulo Autuori, um jogo moderno, em que o goleiro participa do jogo, das ações‘, disse o arqueiro.
Retorno financeiro
A convocação de Weverton, aliás, pode trazer um retorno financeiro muito grande para o Furacão. Como o goleiro deve ser titular da seleção, pode despertar um interesse de clubes de fora do Brasil, que certamente acompanharão o atleta, assim como outros, nas Olimpíadas. Além disso, outros jogadores do Rubro-Negro podem entrar no embalo à medida que Weverton for observado, e também virarem foco de outras equipes, transformando o Atlético em um negociante ativo nas janelas europeias.