Andando em círculos

Atlético atravessa pior fase dos últimos anos e sem sinal de mudanças

Contra o São Paulo, Atlético mais uma vez foi apático, sem envolver o adversário. Foto: Henry Milléo

O Atlético vive seu pior momento na temporada. Talvez, até, o pior dos últimos anos. A derrota por 1×0 para o São Paulo, sábado (9), na Arena da Baixada, escancarou de vez os problemas do Furacão, que segue afundado na zona de rebaixamento, e as cobranças mais duras da torcida sobre o técnico Fernando Diniz. O treinador, no entanto, segue prestigiado pela diretoria rubro-negra que, ao que parece, prefere mexer no elenco do que propriamente no comando.

O revés sofrido para o time paulista foi o terceiro seguido do Atlético neste Campeonato Brasileiro. Mais uma vez o time não foi bem. Praticamente não criou nada e acabou sofrendo o gol em um erro na saída de bola de Bruno Guimarães e que culminou com a penalidade cometida por Camacho em cima do ex-atleticano Everton, no início do segundo tempo. Nenê bateu no canto e decretou o resultado. A primeira vitória do time do Morumbi na Arena da Baixada. E tudo começou em uma jogada que mais parecia uma tragédia anunciada.

A saída de bola com o goleiro Santos e os jogadores de defesa sem ligação direta já havia causado vários sustos ao Furacão neste ano. Essa ‘proibição’ do chutão implantada por Fernando Diniz, que as vezes é necessário, acabou sendo decisivo para decretar o resultado.

Mais uma atuação ruim e a derrota para o São Paulo, que até então era o grande freguês do Rubro-Negro desde que a Arena da Baixada foi inaugurada, em 1999, endossou o coro dos quase dez mil torcedores atleticanos que pediram a cabeça do técnico. No entanto, ao que parece, não haverá mudança alguma.

“Eu vou lidar com o clima ruim trabalhando e respeitando a insatisfação do torcedor. Eu não penso em pedir demissão, muito pelo contrário. Se depender de mim, eu penso em trabalhar e dar solução para o time, que é o que estou tentando fazer o tempo todo. Estamos com problemas, tendo que rodar os jogadores e isso fica mais difícil. Tem que saber suportar isso. A mudança que nós queremos passa por firmeza. Se uma hora eu achar que não tenho condições de ajudar o time, eu vou pedir para sair. Mas agora não é o caso”, garantiu o treinador atleticano.

O lateral-esquerdo Thiago Carleto, sempre decisivo nas bolas paradas a favor do Atlético, não teve a eficiência de sempre e pouco produziu em termos ofensivos. O jogador, após a partida, desabafou e aproveitou para pedir desculpas ao torcedor pelo momento ruim que o Furacão atravessa na temporada.

“É difícil falar nesse momento, mas a torcida merece uma satisfação, pois são eles que mantém o clube. É um momento difícil, mas acima de nós tem a entidade, que é o Atlético, e nós só vamos sair dessa fase trabalhando, jogando e batalhando. Deixar de lutar, correr, nunca. Pedimos desculpas e vamos sair dessa situação, porque somos homens e temos hombridade”, destacou ele.

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O Rubro-Negro, que agora terá pela frente o Botafogo, nesta quarta-feira (13), no Rio de Janeiro, segue afundado na zona de rebaixamento com apenas nove pontos conquistados em 11 partidas. O mais preocupante é que não há perspectiva de melhora, já que, até agora, foram poucos os jogos que o Furacão conseguiu jogar bem. Mesmo assim, Fernando Diniz acredita que o time tem oscilado muito nesta reta inicial de Brasileirão.

“Em termos de rendimento, o Atlético está oscilando. Temos que considerar que tem gente jogando contra, que o adversário tem bons jogadores e vem em ascensão. A minha opinião é de que a equipe está oscilando e que os resultados estão aquém daquilo que estamos rendendo”, arrematou o treinador.