A Arena da Baixada voltou a entrar no radar de uma Copa do Mundo. Os organizadores da campanha que quer levar a competição para a América do Sul admitem pensar em utilizar três estádios brasileiros, além dos já certos Argentina, Uruguai e Paraguai. Seriam justamente as três arenas “padrão Fifa” da região Sul – em Porto Alegre, Beira-Rio e Arena Grêmio, e o estádio Joaquim Américo em Curitiba.

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A informação foi divulgada pelo jornalista Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo, na manhã desta terça-feira (24). Segundo a matéria, integrantes da cúpula da Conmebol existe a ideia de que o Sul do Brasil poderia ser envolvido no projeto. Entre os cenários sob debate de alguns dirigentes estão o uso de campos de treinamento e bases para seleções ou até mesmo estádio para algumas partidas da primeira fase, ajudando a reduzir a pressão sobre o número limitado de arenas nos três países.

E aí que entrariam os estádios de Atlético, Internacional e Grêmio. Já prontos e com todas as adaptações do atual caderno de encargos da Fifa, seriam palcos já prontos, que diminuiriam a expectativa de construção ou reforma de estádios – situação que sempre gera suspeitas e é alvo de investigações internacionais desde o Mundial da África do Sul, em 2010.

Falta, no entanto, consenso entre os três “países-sede”. No governo do Uruguai, a presidência é contrária à inclusão dos brasileiros na Copa de 2030. Na CBF, um envolvimento é ainda considerado como prematuro. Além disso, colocar o Brasil em uma candidatura oficial poderia ser um obstáculo, já que se criaria questionamentos depois de pouco tempo de uma competição por aqui.

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Tudo isto acontece porque está cada vez mais difícil sediar uma Copa. Na única vez que a Argentina recebeu um Mundial, em 1978, eram apenas 16 seleções na disputa – e apenas seis estádios. Já no Brasil, em 2014, foram 32 times e doze estádios. Para a Copa de 2030, serão 48 participantes. A Fifa trabalha com um mínimo de doze arenas, mas é possível que mais sejam apresentadas pelos países interessados em receber a competição a partir de 2026, quando será feito o aumento de seleções.

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O maior rival para as pretensões de “trazer a Copa para casa” – a primeira Copa do Mundo foi no Uruguai, em 1930 – é a China, que se mostrou interessada no Mundial. O poderio econômico dos orientais preocupa e muito os países sul-americanos, todos de olho na renda milionária da competição, que ainda deverá aumentar em um bilhão de dólares com mais seleções participando. A Fifa deve definir a sede (ou as sedes) da Copa de 2030 daqui a quatro anos.