Emoção sem fim

Arena ‘falando’, Paulo André quase desmaiando. Atlético viveu de tudo na final

Torcida foi à loucura e ainda parece estar anestesiada com a inédita taça que entrou pra história do Furacão. Foto: Lineu Filho

Foi épico. Foi histórico. Foi com uma dose extra de sofrimento e de emoção. O Atlético conquistou a América pela primeira vez na sua história ao bater o Junior Barranquilla, quarta-feira, na Arena da Baixada. Torcida, diretoria, jogadores e comissão técnica ainda estão anestesiados com a conquista inédita da Copa Sul-Americana. Uma noite que teve quebra de recorde de público no caldeirão, com a presença de mais de 40 mil rubro-negros, e que ficará marcada para sempre na história do torcedor atleticano.

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Um dia para ser lembrado para sempre. Assim como até hoje é lembrado aquele 23 de dezembro de 2001, quando o Furacão ganhou o Brasil ao conquistar seu único título do Brasileirão. Um dia que pode marcar uma nova era. Uma era de afirmação do Rubro-Negro no cenário nacional e internacional e que vai rechear o calendário do clube na próxima temporada.

A conquista do Atlético premiou o trabalho do técnico Tiago Nunes. O treinador, que é unanimidade entre os rubro-negros, seja dentro ou fora do clube, fez um trabalho de recuperação excepcional. Tirou o Furacão da lanterna do Campeonato Brasileiro e transformou a equipe na sensação do segundo turno. Junto, levou o time atleticano à fase decisiva da Copa Sul-Americana e que culminou com o título do torneio internacional.

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Um dia antes da grande final, ele preparou uma surpresa para o time atleticano. O comandante fez a Arena da Baixada, palco da finalíssima, falar com os atletas. A mensagem mexeu com os jogadores, que, na véspera da decisão, já puderam sentir um pouco do que seria o Caldeirão na hora que a bola rolasse.

E não foi nada diferente do que o time esperava. O caldeirão entrou em ebulição. Ferveu durante os 120 minutos (tempo normal e prorrogação). Com a festa liberada, o torcedor deu um show a parte. A atuação em campo não foi das melhores. A exemplo da partida de ida, o Atlético foi dominado em grande parte da partida pelo Junior Barranquilla. Teve, na verdade, sorte de campeão, já que nos dois jogos o time colombiano desperdiçou penalidades e que poderiam ter tirado o título do Furacão.

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O jogo ganhou contornos dramáticos. O Junior Barranquilla, no segundo tempo da prorrogação, teve a chance de definir o título, mas Barrera jogou longe a penalidade. O zagueiro Paulo André, que deve se despedir dos gramados em breve, estava no banco de reservas. O defensor passou um pouco da angústia que o torcedor estava naquele momento. O experiente jogador quase desmaiou, mas manteve-se de pé para ver o Atlético dominar a América.

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“A pior coisa do mundo é ficar no banco essas horas. Ali foi complicado. Na hora que o Barrera errou o pênalti na prorrogação, me deu um teto preto ali que eu não aguentei, mas voltou rapidinho. Mas tem que ser assim, tudo que é bom na vida tem que ser sofrido, com sacrifícios. É um título maravilho que entra para a história. O clube merece, tem pessoas qualificadas trabalhando aqui e que têm visão no futebol‘, afirmou o zagueiro, em entrevista ao Sportv.

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A festa tomou conta das ruas de Curitiba. Os torcedores amanheceram comemorando o título inédito. Ontem de manhã, era possível ver atleticanos próximos à Arena da Baixada celebrando a conquista. Celebrando, na verdade, o grande momento do Furacão que, em 2019, com o retorno à Libertadores, além das disputadas da Recopa e da Copa Suruga, tem tudo para ter uma temporada especial.

“Não sei ainda dimensionar, o sentimento é de alegria pura. Se eu pudesse abraçar cada um, eu faria. É algo indescritível o que estamos vivendo neste momento. Entramos para a história do clube. O que os atletas fizeram é algo extraordinário. Tudo que eu passei tem uma razão. Eu faria tudo de novo. Mas tem que compartilhar com todo mundo esse momento. A ficha vai cair daqui alguns dias‘, concluiu o técnico Tiago Nunes.

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