Atlético vence e está na zona da Libertadores

Na milésima apresentação no Estádio Joaquim Américo, o Atlético jogou apenas para o gasto e passou fácil pelo Paysandu por 2 a 0, ontem, com gols de Pingo e Washington. Com o resultado, o Rubro-Negro subiu para a terceira posição no Campeonato Brasileiro e foi perdoado pelos torcedores, que ameaçaram uma vaia devido a sonolência da partida, mas preferiram comemorar a entrada na zona da Libertadores. O próximo compromisso será o clássico contra o Coritiba, domingo que vem, no Couto Pereira.

Para se ter uma idéia do estado das coisas, o Furacão terminou a partida sem nenhum atacante em campo. Ficou limitado a se defender de um Papão sem grandes atributos técnicos e que pouco perigo levou à meta defendida por Diego. Para ajudar, o técnico Adílson Batista ainda tirou os melhores em campo de sua equipe, por contusão ou por questão tática mesmo. Se Levir Culpi tivesse forçado mais um pouquinho, a goleada teria vindo.

Em favor do treinador atleticano tinha a ausência de cinco titulares (Fabiano, Marinho, Fernandinho, Marcão e Bruno Lança) e quem entrou fez o que pôde para o time manter o resultado. Mesmo com a apatia reinante, o time da casa procurou mais o gol desde o início. Raulen teve boa chance e Pingo fez jogada de craque, defendida por Paulo Musse, prenunciando sua chegada ao gol. A resposta veio com Carabina, que atirou duas vezes perto do gol de Diego.

No entanto, com a inquietação já tomando conta das arquibancadas, o bom volante Pingo recebeu na intermediária, passou por um defensor e chutou forte. Paulo Musse tentou encaixar, mas ficou apenas com as penas nas mãos. O gol tranqüilizou a equipe, que dificilmente perde quando sai na frente no marcador.

Enquanto Adílson tentava um maior poder ofensivo com Balão no segundo tempo, Levir preferiu manter a equipe jogando com cautela e esperando o adversário. A tática rubro-negra deu certo. Depois de Flávio Tanajura perder uma chance num chute forte, que Raulen salvou, Ivan foi lançado pela esquerda e deu de bandeja o gol para Washington. O artilheiro ainda teve tempo de limpar a jogada e escolher o canto antes de sair para comemorar.

Daí em diante o torcedor só não dormiu porque o alto-falante anunciava os resultados das outras partidas e comemorava a subida do Furacão na tabela da competição. Levir tirou Washington e Dagoberto para ganhar tempo e a equipe acabou o jogo com Jádson e Wil-liam no ataque e não fez mais nada para aumentar o placar.

Levir poupa Dagoberto e Washington

Humildade

“Foi o resultado da humildade, da superação e da inteligência”, apontou o treinador do Furacão. Para Levir, o time também precisa saber administrar o resultado quando for necessário. “Eu confio na capacidade do elenco. Às vezes, as dificuldades aumentam, como hoje, com três zagueiros fora. Então, jogadores importantíssimos ficaram fora, mas eu quero que eles saibam que eu tenho confiança em quem entra”, destacou.

Os jogadores foram na mesma linha do comandante e também enalteceram o resultado. “O importante é a vitória”, resumiu o meia Jádson. Já o goleiro Diego preferiu elogiar o adversário. “Não enfrentamos ninguém, enfrentamos uma outra equipe, que também tinha o objetivo da vitória”, ponderou.

Administração

Para evitar mais problemas, Levir explicou que tirou a dupla de ataque titular para poupá-los para o clássico. “O Washington sentiu um pouquinho e eu já tirei. Não importa se ele se recuperou. O Dagoberto estava com dois cartões e eu já tirei para evitar uma suspensão”, revelou. Mesmo assim, o treinador ainda espera por novos reforços para a competição, principalmente um atacante de referência.