Atlético vence amistoso contra o Joinville

O técnico Valdyr Espinosa ficou satisfeito com a vitória de ontem, sobre o Joinville, por 1 a 0, em Santa Catarina. Foi a estréia do novo treinador do Atlético, que espera agora ter o elenco completo em mãos para “projetar” a participação do clube no Campeonato Brasileiro. Apesar das falhas, o profissional elogiou o grupo de jogadores e, por enquanto, não vai pedir reforços. O próximo teste será no próximo domingo contra o Figueirense na Arena da Baixada.

Para esta partida, Espinosa já quer contar com mais algumas opções. Entre elas estão jogadores que devem renovar contrato (o zagueiro Gustavo e os meias Cocito e Adriano), o meia Kléberson que deverá voltar a jogar pelo Furacão com um seguro especial e ainda atletas que estão voltando de contusão (o meia Reginaldo Vital e os atacantes Ilan e Alex Mineiro).

“São jogadores que já estão entrosados, que sabem jogar e aí você começa a projetar. Tem a possibilidade do Cocito, tem o Rogério Sousa como entrou hoje (ontem) que sai de trás e chega bem à frente e ainda tem o Kléberson e o Adriano. Com isso, você tem um meio-de-campo que sabe tocar a bola, sabe se projetar, tem condição de marcação e tem possibilidade de aproximação de ataque”, explicou. Tendo todas essas opções à mão, Espinosa entende que a equipe atleticana ganhará força e ficará como ele quer. “Nós vamos partir do princípio de que eles vão permanecer e aí estão jogadores que qualificam a equipe”, confirmou.

A partida de ontem praticamente definiu também o esquema de jogo do Atlético. Com as peças que terá e jogando melhor no segundo tempo com o 4-4-2, Espinosa deixou transparecer que vai colocar o time para jogar assim no Brasileirão. “Se você não tiver um zagueiro com qualidade de saída de bola, tocando com os homens de meio e se projetando você fica perdido. O adversário marca com mais facilidade e você não consegue ter um bom rendimento”, analisou. Desde a saída de Nem, o clube não encontrou quem faça essa função a contento.

Jogo

Apatia do primeiro tempo no 3-5-2 e melhora na etapa final no 4-4-2. Esta foi, pelo menos, a avaliação dos jogadores após a partida de ontem contra o Joinville, em Santa Catarina. O placar de 1 a 0 acabou sendo pouco para os rubro-negros que pressionaram mais e colocaram até bola na trave. O bom volume de futebol, no entanto, não deixou o time totalmente satisfeito. “O Atlético não pode levar tantos contra-ataques”, analisou o atacante Dagoberto. A mesma opinião teve o zagueiro Ígor. “Melhoramos no segundo tempo, mas ainda temos que conversar muito e corrigir os erros”, apontou. O único gol da partida saiu aos 19 minutos do primeiro tempo num belo chute de Rodrigo. Ele recebeu um passe de Kléber e, de fora da área, mandou um canudo no ângulo. Com a vitória, o Atlético conseguiu uma vitória após quase dois meses (a última havia sido um 6 a 1 no dia 30 de maio contra o Paraná pela final do supercampeonato paranaense).

Seguro alto para ter Kléberson em campo

Rodrigo Sell

O Atlético está providenciando um novo seguro para o meia Kléberson que possibilitará ao jogador vestir a camisa rubro-negra com segurança. Para não correr riscos de perder o pentacampeão por contusão e melar uma negociação, a diretoria achou melhor não deixar o Xaropinho atuar contra o Joinville, ontem. A nova apólice deverá ser assinada ainda esta semana e daria condição de jogo para ele jogar no amistoso de domingo que vem, na Arena, contra Figueirense ou Inter-RS.

“Todos os jogadores do Atlético possuem um seguro, mas no caso do Kléberson nós estamos fazendo um seguro diferenciado, que deve ficar pronto na terça-feira (amanhã)”, revelou o diretor-superintendente do clube, Alberto Maculan. Para ele, isso dará ao clube e ao próprio jogador uma tranquilidade maior em relação ao futuro. O dirigente citou o exemplo do atacante Luizão, que estava prestes a ser negociado pelo Corinthians, sofreu uma contusão e teve que ficar mais uma temporada no clube paulista antes de ir para o Grêmio. “Basta ficar com medo para acontecer alguma coisa, então para que se arriscar?”, raciocinou.

Segundo Maculan, essa foi a justificativa para Xaropinho não jogar contra o Joinville. “Trouxemos ele aqui para prestigiarmos os nossos torcedores nessa região. Ele recebeu homenagens, mas não entrou em campo para evitar qualquer contusão, apesar de não haver nenhum proposta oficial pela compra do Kléberson”, disse o dirigente. Para ele, o clube não conhece os jogadores do Joinville e seria muito arriscado colocar um pentacampeão numa partida que não valia nada. “Sabe como é o futebol, pode começar em amistoso e terminar em jogadas mais violentas”, explicou.

Reforços

Além de Kléberson (que neste momento está mais para ficar do que sair) e Adriano (que deverá renovar), o Atlético só vai contratar mais um reforço se for pedido pelo técnico Valdyr Espinosa. Para a diretoria, o elenco está completo e só necessitaria de mais alguma peça se algo de extraordinário acontecer. “O Espinosa vai observar e se ele achar que é preciso é lógico que vamos buscar um reforço. Nós não estamos aqui parados, nós sempre estamos observando e temos sempre uma lista de jogadores e numa emergência sabemos onde vamos buscar”, finalizou.

Missão de Silvio é liderar o Furacão

O zagueiro Sílvio Criciúma chegou ao Atlético numa época de transição. Estreou numa “fria” em pleno Nordeste durante a Copa dos Campeões, quando o time foi mal e acabou perdendo todas as partidas, mas deverá entrar no Campeonato Brasileiro totalmente em forma. Além de titular, Sílvio terá a missão de substituir o zagueiro Nem em duas funções que ainda não foram preenchidas: a de líder do grupo e também de líbero da defesa. Em entrevista à Tribuna, ele revelou que sabe da responsabilidade e está totalmente preparado para exercer a função.

Paraná-online

– Como está a sua adaptação ao Rubro-Negro?

Sílvio

– Normal, é claro que a gente sabe que a responsabilidade é muito grande. Prova disso são esses momentos vividos nesses últimos dias, que geraram essa cobrança pela campanha na Copa dos Campeões. O Atlético é isso e vai ser assim durante o Campeonato Brasileiro. Além da responsabilidade natural por ser um grande time, é o campeão brasileiro que vai estar em campo e por isso a gente tem que se preparar bem.

Paraná-online

– Como foi o teu trabalho com o Espinosa na Portuguesa?

Sílvio

– Foi ótimo. Na verdade foram poucas partidas porque eu estava voltando de contusão, mas ele foi um treinador que mostrou poder de reação na Portuguesa, que estava precisando. Ele é disciplinador, muito bom de grupo e o Atlético fez uma grande contratação.

Paraná-online

– E com a chegada dele, o clube dá o verdadeiro início da preparação para o Brasileiro, não é?

Sílvio

– Sem dúvida. O cabeça chegou e com certeza agora as coisas vão fluir mais rápido e mais natural e cabe a ele agora definir o time que ele achar melhor. Foi dado um grande passo para o Atlético readquirir aquela postura vencedora.

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