Uma mudança fundamental deverá ser vista pelos torcedores do Atlético logo mais, a partir das 18h30, contra o Internacional. Na edição de ontem da Tribuna trouxemos o dilema dos atleticanos sobre qual deveria ser a postura do time de Claudinei Oliveira: se adotaria uma “pegada” com características mais ofensiva (como foi no sucesso contra o Vitória, domingo passado) ou mais cautelosa (na derrota para o Cruzeiro, na quarta). O técnico rubro-negro deu uma pista fundamental após o treinamento de ontem no CT do Caju.

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Prós e contras foram identificados nas duas partidas. É inegável que o desempenho contra o time baiano mereceu mais destaque, afinal naquela partida o Furacão interrompeu uma sequência de seis jogos sem vencer (contra o Cruzeiro o treinador destacou a postura defensiva atleticana). Baseado nessa constatação, Oliveira garante que a formação de hoje terá fortes semelhanças com aquela do fim de semana passado. “Time ideal eu não tenho. Tenho um ideal para cada jogo. Amanhã (hoje) teremos um time parecido com aquele que ganhou do Vitória, pois foi o que venceu”, disse. “Devemos voltar com três atacantes ou dois atacantes e um meia agudo”, complementou.

Dica

É aí, nessa fala, que está o grande detalhe que pode determinar uma guinada do time na competição. Marcos Guilherme não vive um bom momento na temporada. Como camisa 10, o meia recebeu da torcida o fardo de ser o cérebro do time, capaz de ditar o ritmo da equipe em campo. Mas não foi com essa incumbência que ele ganhou projeção e até o status de “joia”, mas sim como meia-ofensivo, quase como um terceiro atacante pelas pontas. Estudioso que é, Claudinei Oliveira percebeu o que nenhum de seus antecessores conseguiu perceber e deixou no ar a possibilidade de Marcos Guilherme retornar à posição em que desempenha seu melhor futebol.

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Os treinamentos e a observação levaram Oliveira a concluir que o meia está correndo errado. “A preocupação com o Marquinhos é pegar a condição física que ele tem e dar um direcionamento para isso. Senão ele corre muito e acaba não rendendo tanto, tendo um desgaste físico muito grande. Ele correu 12km no último jogo. Temos que redirecionar isso para um lugar do campo onde ele renda mais”, destacou Oliveira ao GloboEsporte.com. E falou o que muito torcedor fala há tempos. “Ele não é um meia de criação, de alterar o ritmo do jogo. Não temos esse jogador no elenco”.

A simples percepção disso dá uma nova perspectiva para a equipe atleticana. Tomando como base a possibilidade de Marcos Guilherme trocar de posição, Bady poderia ser escalado como meia também, com o camisa 10 passando a atuar mais na frente, ao lado de Marcelo e Douglas Coutinho. O restante da equipe deve ser igual a do jogo anterior, com a possibilidade de Willian Rocha voltar como titular na vaga de Natanael apenas para equilibrar as características exigidas por essa formação mais ousada.

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Promessa

A novidade aparece no banco de reservas. Marco Damasceno, de apenas 18 anos e apontado como candidato a ídolo do Furacão, fica à disposição do time profissional pela primeira vez.