Atlético tem suas contas bloqueadas pela Justiça

A alegria durou pouco. Mal comemorou a entrada dos dólares da venda de Kléberson ao Manchester United, e o Atlético terá que reverter parte do valor para o pagamento de uma indenização considerável. No último dia 2, o Banco Central enviou uma circular a todos os bancos do Brasil (comerciais, múltiplos e Caixa Econômica), comunicando a retenção de 30% do valor das contas do clube (correntes e aplicações financeiras), para garantir o cumprimento de uma sentença judicial. Tudo em função de um processo (n.º 1.283/1996) movido pelo ex-jogador atleticano Mauro Luiz Machado.

O referido atleta integrou o elenco júnior do Rubro-Negro na década de 70 e sofreu uma fratura exposta no braço, disputando uma partida com a camisa do clube. Mauro alega na ação que, à época, não recebeu atendimento médico, o que o tornou inválido para a prática do futebol. Também acusa o clube de não ter cumprido com a legislação previdenciária.

Na ação, ele requereu indenização por danos materiais, através de pensão vitalícia, lucros cessantes, representados por salários mensais, além de prêmios por vitórias e títulos, desde a data do acidente até o ajuizamento da ação.

Em primeiro grau, a ação foi julgada integralmente procedente. O Atlético pagaria, então, cerca de R$ 6 milhões. Em recurso inpetrado junto ao Tribunal de Alçada, parte da sentença foi reformada, diminuindo o valor da pensão e da indenização por danos morais.

Como fica

Já em fase de execução, a parte líquida soma R$ 1,2 milhão. O clube terá ainda que compor capital que garanta o pagamento da pensão vitalícia, estipulada em R$ 3 mil mensais. Para garantir o cumprimento da sentença, o juiz da 11.ª Vara Cívelde Curitiba, Albino Jacomel Guerios, determinou a penhora, na forma de bloqueio de contas correntes e aplicações financeiras em nome do Atlético.

Outro lado

Os advogados que representam o Atlético na ação (Fernão Justen de Oliveira, Gil Justen Santana, André Guskow Cardoso e Marcos Augusto Malucelli – nomes que constam no processo), foram procurados para comentar o assunto. Gil Santana atendeu a reportagem, por telefone, e disse que quem está ciudando do assundo é Marcos Malucelli. Este, procurado insistentemente em seu escritório, não atendeu.

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