Atlético só não passa se fizer tudo errado

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O Atlético tenta hoje retomar a sua rota de time de primeira linha do futebol brasileiro. Após a desclassificação prematura no campeonato paranaense, o Rubro-Negro “ganhou” uma folga não programada e, agora, vai lutar para manter o calendário da Copa do Brasil.

Para tanto, terá que vencer ou empatar por até um gol com a Tuna Luso para continuar na competição e pegar o Sport na segunda fase da competição. A partida contra os paraenses está programada para às 20h30, na Arena, e a principal novidade do time será o atacante Jadílson, que substituirá Dagoberto.

Após a conquista do Brasileirão em 2001, o clube despertou uma atenção muito grande em todo o Brasil e deixou a torcida atleticana mais exigente. No entanto, o time não reeditou o mesmo futebol que encantou o país e foi decepcionando ao longo do ano passado e começo deste ano. “O grupo estava um pouco indeciso, um pouco preocupado, principalmente nos jogos em casa e ainda vai atuar algumas vezes assim com insegurança, mas eu estou dizendo que eles têm qualidade, porque senão não estariam no Atlético”, analisa o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão. Para o treinador, o principal problema encontrado em sua volta ao clube foi a intranqüilidade. “A partir do momento em que eles estiverem tranqüilos, eles vão render mais”, aponta. Além disso, o treinador procura passar aos jogadores que a torcida só vaia quando o time está mal.

“Quem faz o torcedor é o time. Se o time joga bem, o torcedor aplaude. Se joga mal, vaia. O grande maestro da torcida somos nós mesmos. É só preciso ter vontade e vestir a camisa com garra, técnica e com o estilo de jogo que agrada ao torcedor”, diz. Mas, contra a Tuna Luso, Vadão sabe que o mais importante é passar para a próxima fase. “Se não jogarmos bonito, pelo menos que mostremos personalidade e muita luta porque é isso que nós precisamos para passar para a próxima fase”, finaliza.

Adversário

Já a Tuna Luso vem a Curitiba como franco atiradora, mas sonhando com a possibilidade de bater o Atlético na Arena e seguir na Copa do Brasil. O técnico Sinomar Naves ainda não sabe se vai de 4-4-2 ou 3-5-2, mas acredita que é possível vencer fora de casa. “Podíamos ter feito o resultado no primeiro jogo, mas também temos condições de desbancar o time deles na Arena”, dispara. As principais mudanças no time paraense são a volta do lateral-direito Valdemir e a entrada do zagueiro João Gomes no lugar de Tarubá.

Selmír fora, Jadilson assume o ataque

O departamento médico do Atlético vetou ontem a participação do atacante Selmir no jogo de hoje, contra a Tuna Luso. O jogador passou por um exame mais detalhado onde foi constatada uma distensão no músculo reto da coxa esquerda. Com isso, o técnico Osvaldo Alvarez definiu ontem a formação do Atlético com a presença de Jadílson no ataque ao lado de Ilan. O treinador atleticano também poderia utilizar o sistema 4-4-2, mas com a recuperação do zagueiro Rogério Correia e do volante Cocito, preferiu manter o 3-5-2.

No entanto, o esquema poderá ser alterado no decorrer da partida. A alternativa seria a entrada de Rodrigo na meia-cancha, com a saída de Daniel. Mas, a maior preocupação de Vadão será a retranca que os paraenses deverão fazer na partida. “A Tuna Luso jogou lá, dentro de seus domínios, atrás e esperando a gente. Imagine aqui na Baixada”, prevê o comandante atleticano. O treinador já está alertando os torcedores para uma partida difícil. “Não será um jogo fácil, nem tranqüilo. O time deles joga junto há três anos, tem um conjunto muito bom e sabe jogar daquela forma, esperando”, analisa.

O goleiro Diego compartilha da opinião com Vadão. “Eles têm uma jogada forte também de bola parada. Tanto que nós sofremos um gol de uma cobrança de falta na lateral”, expõe. Para ele, o Atlético terá que cuidar para não dar o contra-ataque para o adversário e não vacilar nas cobranças de falta e escanteio. “Se nós tivermos atentos e não dermos espaço para os contra-ataques, a nossa equipe deverá conseguir uma grande vitória”, aponta.

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