Atlético quer acabar com jejum fora de casa

Clássico não tem favorito. E é nisso que o Atlético se apega nesta má campanha que faz longe da Arena. No domingo, o Furacão fará a sua 13.ª apresentação como visitante neste Brasileirão e, até o momento, conseguiu somar apenas três pontos, na vitória diante do Ipatinga na estréia do campeonato, em 11 de maio. Assim, o Furacão não sabe o que é comemorar pontos na casa do adversário há mais de quatro meses. No domingo completará exatos 140 dias de frustração.

Por isso, os atletas acreditam que, mesmo com os times em posições tão opostas na tabela, chegou a hora de acabar com esse jejum. E a equipe escolhida para isso não poderia ser melhor: o eterno rival Coritiba. “Hoje eles estão num momento melhor, mas clássico é decidido em detalhes”, comentou o meia Netinho.

Para ele, o time chegou em seu limite e não pode errar mais. “Ninguém quer ficar marcado na história do Atlético como o jogador que caiu com o time para a 2.ª divisão”, analisou.

Poder ofensivo

Mas para incomodar o adversário, primeiro, o Furacão terá que calibrar o pé. Em 12 jogos como visitante, o Atlético só balançou as redes três vezes e apenas um gol foi feito por atacante – Pedro Oldoni, na derrota por 3 a 1 para o São Paulo, no Morumbi.

O bom exemplo de como se conquistar resultados fora veio do time considerado suplente que, atuando em Guadalajara, conseguiu na última quarta-feira um importante empate contra o Chivas – com dois gols. E mais uma vez Pedro Oldoni deixou sua marca.

Passagem

O gol e a boa atuação contra o Grêmio, durante os poucos minutos que atuou, mostraram que o oportunista atacante quer uma vaga no ataque. Devido às características, Rafael Moura é o concorrente direto de Pedro Oldoni e tem contado com a preferência do treinador. No entanto, “He-Man” não tem feito boas atuações. Seus números comprovam isso e, conseqüentemente, ele não tem lugar garantido no ataque.

Sobre uma possível titularidade, Pedro Oldoni afirmou, antes de viajar ao México, que trabalha forte com esse objetivo. “O treinador tem suas opções e quem for escolhido vai dar seu melhor. Estou procurando meu espaço”, disse. E depois do gol no Estádio Jalisco, ganhou moral.

O prata da casa, que vive entre o céu e o inferno com a torcida, é o vice-artilheiro atleticano no Brasileirão, com 5 gols em 17 jogos.