Atlético perde a segunda na Arena

Nem a Arena salva. O Caldeirão voltou a ferver, a torcida lotou as arquibancadas, mas saiu mais uma vez frustrada após um novo fracasso do Atlético no campeonato brasileiro. Jogando um futebol apenas regular e sendo facilmente dominado pela equipe do Santos, o Rubro-Negro sucumbiu ao Peixe por 2 a 0 e continua apenas na 17.ª posição da competição (veja a classificação na página 10). Com o resultado, o time volta a viver o fantasma do rebaixamento e mantém a crise, que insiste em não abandonar a Baixada. O próximo compromisso, na última rodada do turno, será o Vasco da Gama, domingo, no Rio de Janeiro.

O técnico Osvaldo Alvarez considerava a rodada como “gratuita” e acabou sendo. O time se empolgou na primeira etapa e conseguiu fazer frente ao atual campeão brasileiro. Jogando com raça e determinação, como não mostrou nas partidas precedentes, o Furacão fez os torcedores lembrarem dos melhores momentos do time em 2001. As provocações eram devolvidas na mesma moeda e ninguém se espantou com cara feia ou jogador de seleção. Se o meia Diego arriscava de um lado, o zagueiro Ígor respondia de outro.

O maior obstáculo do time de Vadão era a arbitragem do carioca Edílson Soares da Silva. Atrapalhado e autoritário, irritou os atleticanos, que foram aos poucos perdendo a cabeça e entrando no ritmo do Santos. Caindo na catimba, o jogo ficou nervoso e à caráter para os paulistas, que na hora do vamos-ver venceram pela melhor qualidade de seus jogadores.

Aproveitando a pressão em cima do adversário, o técnico Émerson Leão trocou o bem marcado Robinho pelo ágil Nenê e foi feliz. Numa desatenção da zaga, Diego cobrou uma falta da esquerda para o próprio Nenê que, livre, chutou para abrir o placar. Não deu nem para respirar. Poucos minutos depois e a zaga voltou a olhar uma linha de passe do ataque santista. Renato tabelou com Fabiano, entrou na área livre e chutou na saída de Diego para ampliar o marcador.

Perdendo por 2 a 0, Vadão saiu de sua linha de demorar a mexer e trocou logo por atacado. Tirou o time do 3-5-2 e passou a jogar no nostálgico 4-3-3 com Fernandinho e Ricardinho. As mudanças, que não foram treinadas durante a semana, deixaram o Rubro-Negro apenas com mais posse de bola, mas com pouca objetividade. Pelo contrário, quem mais levava perigo era o Santos que, só não aumentou, porque o goleiro Diego voltou a mostrar sua qualidade e não permitiu um vexame maior.

CAMPEONATO BRASILEIRO

1.º Turno – 14.ª Rodada

Local: Arena da Baixada
Arbitragem: Edílson Soares da Silva (RJ), auxiliado por Manoel do Couto Ferreira Pires (RJ) e Carlos Henrique Alves de Lima (RJ)
Gol: Nenê aos 7 e Renato aos 13 do 2.º tempo
Cartão amarelo: Alessandro, Adriano, Pereira, Jádson, Léo, Paulo Almeida, Ricardinho, Reginaldo Araújo, Fernandinho
Renda: R$ 311.336,00
Público pagante: 23.464
Público total: 25.435

ATLÉTICO
0 X 2
SANTOS

ATLÉTICO
Diego, Ígor, Rogério Correia, Juliano (Fernandinho), Alessandro, Leomar, Luciano Santos (Michel Bastos), Jádson (Ricardinho), Fabrício, Adriano, Ilan, Técnico: Osvaldo Alvarez

SANTOS
Fábio Costa, Reginaldo Araújo, Pereira (Preto), Alex, Léo, Paulo Almeida, Renato, Elano, Diego (Daniel), Robinho (Nenê), Fabiano, Técnico: Émerson Leão

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