Atlético pega Figueirense com jeito de revanche

Após ter devolvido a derrota sofrida para o São Paulo no primeiro turno, o Atlético entra em campo hoje para tentar dar o troco também contra o Figueirense.

Os catarinenses aproveitaram as turbulências internas do rubro-negro no início do campeonato brasileiro para aplicar um 3 a 0 em plena Arena. Agora, os tempos são outros, os papéis se inverteram e o time do técnico Levir Culpi corre atrás da primeira posição enquanto a equipe de Dorival Jr. tenta a reabilitação na competição. A partida está programada para as 20h30, no Estádio Orlando Scarpelli.

Enquanto torcida e diretoria brigavam pelo preço do ingresso, o Furacão do Estreito atropelava o abalado Furacão da Baixada, que não tinha técnico e vinha de uma derrota desconcertante para o São Paulo. Hoje, tudo mudou e, enquanto o alvinegro despencava na tabela, o Atlético escalava a tabela e está no encalço do líder. Para continuar assim, é necessário manter o ritmo e devolver a derrota sofrida no primeiro turno jogando em Florianópolis.

“Vamos tentar. Acho que vai ser um grande jogo, o Figueirense é um time que vem bem no campeonato, mas nós vamos viajar com o intuito de vitória”, garante o ala-esquerdo Ivan. Para tanto, ele aposta num futebol ofensivo para desestabilizar a parte psicológica dos catarinenses. “Vamos para cima deles para conseguir o resultado”, promete.

Para Levir, será fundamental o time marcar o primeiro gol para chegar à vitória. “A parte psicológica é muito importante. Sair na frente do placar pode complicar quem joga em casa”, aponta. Segundo ele, a partida terá um grau de dificuldade a mais devido ao gramado não ser dos melhores. “Nós teremos um jogo de bolas espirradas, de muita combatividade e de muita bola aérea”, destaca.

Apesar da tática de tentar desestabilizar emocionalmente o adversário, Levir terá que superar alguns problemas para a montagem do time, como não poder contar com os zagueiros Marinho e Fabiano e o atacante Washington, todos machucados, e o meia Jádson, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Mesmo sem divulgar a escalação com antecedência, o treinador não deverá fazer improvisações, como fez nas substituições na partida contra o São Paulo.

Assim, Ígor será o substituto de Fabiano, Bruno Lança entra no lugar de Jádson e Dennys fará a dupla de ataque ao lado de Dagoberto. Dessa maneira, Fernandinho sai da ala direita e vai para o setor de criação enquanto Pingo volta a fazer o papel de ala.

Caio pode vir, em vez de Renaldo

A idade do atacante Renaldo deverá ser o principal empecilho para a vinda do jogador do Palmeiras para o Atlético. Experiente e artilheiro, tem o perfil exigido pelo técnico Levir Culpi para a repor a saída de Ilan, negociado com o Sochaux, da França. No entanto, como o ex-paranista já está com 34 anos os dirigentes rubro-negros não parecem estar interessados na contratação de um atleta que não possa render frutos futuros. Sem ele, a opção poderá ser Caio, que estava no futebol alemão e retornou ao Brasil.Segundo o diretor de futebol do Rubro-Negro, Alberto Maculan, Renaldo é um bom jogador, mas não seria facilmente liberado pelo alviverde paulista. O dirigente não confirmou a negociação, mas deixou claro que o clube está à procura de um atacante e de um lateral-direito para a seqüência do Campeonato Brasileiro.

“O mercado está complicado”, resumiu. A política do clube é de revelar talentos, mas com exceção de Dagoberto e Washington, os outros atacantes do elenco (Edivaldo e Dennys) têm pouca experiência.

Sem Renaldo, a saída poderá ser Caio, de 29 anos. Revelado pelo São Paulo, o jogador passou pelo Internazionale e Napoli, da Itália, além de Fluminense, Flamengo, Santos e Grêmio. O jogador foi oferecido ao Furacão, mas os dirigentes também não confirmam a informação. Na última temporada, Caio esteve no Oberhausen, da segunda divisão alemã.

Figueirense no “limite do aceitável”

Florianópolis

– Dar um basta no momento de instabilidade, gerado pela seqüência de resultados ruins colhidos nas cinco últimas apresentações, é o que promete o Figueirense hoje.

“Chegamos no limite do aceitável”, resumiu o técnico Dorival Júnior sobre o seu desconforto com a performance da equipe, que não venceu nas últimas cinco apresentações e com o agravante da desastrosa goleada (4 a 0), para o Internacional, em Porto Alegre, sábado passado.

O time catarinense, que ocupa a 13.ª posição na tabela de classificação com 34 pontos, contará com volta do zagueiro Cléber, então suspenso, e terá mudanças nos setores de meio-de-campo e ataque.

Fernandes, com um estiramento na coxa, ficará 30 dias afastado, dando lugar para Nenê atuar na meia-direita. Mazinho joga na meia-esquerda e no ataque a dupla Romualdo e Izaias é refeita, mesmo com o baixo índice de aproveitamento nas finalizações.

“Me sinto até constrangido em mexer no time, mas são mudanças necessárias”, afirmou Júnior, que até amanhã deverá ganhar dois novos reforços para seu time: um meia-esquerda e um atacante.

Voltar ao topo