Atlético no ataque, para defender invencibilidade

Líder do grupo A, o Atlético entra em campo para consolidar a classificação para a próxima fase do Paranaense e manter a invencibilidade de nove meses na Kyocera Arena. São 23 jogos sem derrota em casa e o Rubro-Negro já se aproxima do recorde de 29 partidas invictas na Baixada. Para tanto, diante do Iraty, o técnico Lothar Matthäus faz novas mudanças e arma o time com três atacantes, dando nova chance para Dênis Marques. O confronto está programado para as 16h. Alex na zaga e Moreno na ala-esquerda também ganham oportunidade.

Com 23 pontos e com a possível anulação da partida Nacional x Rio Branco, cinco equipes podem passar o Furacão na tabela. É praticamente impossível que isso aconteça, mas para quem quer ser o primeiro colocado geral e levar vantagem nas próximas fases, a intenção é vencer e carimbar o passaporte para a 2.ª fase de uma vez por todas. Se não perder, melhor ainda. Já são 23 jogos invictos em casa. Desde o final de maio do ano passado ninguém conseguiu superar o Atlético na Baixada. O recorde é de 29 partidas somadas seguidamente entre 2004 e 2005.

?Gostaria de continuar com esta série invicta, mas eu prefiro que a equipe melhore tecnicamente?, aponta o treinador rubro-negro. Sério e pragmático, Matthäus mantém a rotina de experiência e agora ataca, literalmente, com três. ?Nós vamos jogar em casa e vamos jogar com bastante força ofensiva. Nenhum jogador está proibido de participar do ataque?, aponta. Ele não quis falar diretamente, mas escalou o time durante o trabalho de ontem no 3-4-3.

Se ele mantiver os mesmos jogadores que trabalharam no apronto, pela primeira vez este ano o Furacão jogará com este sistema. Anteriormente, o time vinha atuando no 3-5-2, após o fracasso do 4-4-2. A novidade também resgata Dênis Marques, meio afastado após a partida contra o Nacional, em Rolândia. Junto com ele, entram também o zagueiro Alex na vaga de Erandir e Moreno no lugar do suspenso Michel Bastos. O volante Alan Bahia e o lateral-direito Jancarlos retornam após serem poupados em Francisco Beltrão. Depois do Azulão, o Atlético enfrenta o J. Malucelli na Quarta-Feira de cinzas, também na Baixada.

CAMPEONATO PARANAENSE
Grupo A – 1.ª Fase – 12.ª Rodada
Local: Kyocera Arena
Horário: 16 horas
Árbitro: Renato Vieira Jr.
Assistentes: Divair Delfes dos Santos e Augusto Romualdo Ietka da Silva
Tempo: A previsão é de céu parcialmente nublado.
Temperatura: O termômetro deverá marcar 27ºC durante a partida.

Atlético x Iraty

Atlético
Cléber; Danilo, Paulo André e Alex; Jancarlos, Alan Bahia, Ferreira e Moreno; Dagoberto, Dênis Marques e Selmir. Técnico: Lothar Matthäus

Iraty
Wálter; Maurício, Édson Borges e Ageu; Renaldo, Ânderson, Mateus, André e Márcio Goiano; Bruno e Leandro. Técnico: Val de Mello

Juíza afirma que ainda não tem nada definido

O São Paulo conseguiu registrar o atacante Aloísio para a disputa do primeiro jogo da Copa Libertadores, mas isso não significa que o Atlético perdeu a guerra. De acordo com a juíza Simone Galan de Figueiredo, da 1.ª Vara da Justiça do Trabalho de Curitiba, não tem nada definido ainda e tanto o rubro-negro quanto o jogador poderão conseguir a vitória. Foi ela quem concedeu a liminar que obrigava o atleta a se apresentar no CT do Caju, mas acabou consentindo que o atacante volte a trabalhar pelo clube paulista e jogue no torneio internacional. Em entrevista ao Paraná-Online ela diz que todas as suas decisões foram tomadas tecnicamente e que não sofreu nenhuma pressão, como vinha sendo comentado nos bastidores do Furacão.

Paraná-Online: Por que a senhora concedeu a liminar em favor do Atlético?
Simone Figueiredo: O Atlético entrou com pedido de tutela antecipada, que é uma possibilidade que a lei dá de antecipar o julgamento sem a oitiva da parte contrária, baseada numa probabilidade do Direito. Foi juntada uma documentação suficiente, mas essa decisão antecipada tem caráter precário e pode ser modificada a qualquer momento porque não foi ouvida a parte contrária.

Paraná-Online: Por isso houve uma mudança no despacho?
Simone: Depois que o São Paulo foi intimado da decisão fez um pedido de reconsideração e trouxe outros elementos aos autos, o que me convenceu de uma revogação parcial dessa liminar para que não houvesse um prejuízo maior ao jogador. Eu não decidi de um lado e depois de outro. Na realidade, o julgamento final só será feito depois da instrução do processo. No dia 3 tem uma audiência e eles vão trazer outros elementos de prova.

Paraná-Online: O despacho fala em não prejudicar o jogador. E os clubes?
Simone: Eu tive que usar juízo de ponderação. Você pode ver que a decisão não foi revogada integralmente e sim parcialmente.

Paraná-Online: A senhora sofreu algum tipo de pressão para liberar Aloísio para a estréia na Libertadores?
Simone: De forma alguma. Todas as nossas decisões são fundamentadas.

Paraná-Online: Como será o procedimento para a reunião do dia 3?
Simone: Essa audiência é uma tentativa de reconciliação. A qualquer momento pode ser reapreciado essas decisões que foram tomadas porque elas têm caráter precário. Alguns documentos foram juntados até esse momento, mas ainda não foram juntados todos os documentos e as provas que as partes desejam.

Paraná-Online: E já sai uma decisão definitiva?
Simone: Isso vai depender do andamento do processo, da iniciativa das partes e de outros fatores. Na audiência, com a presença das partes, muitas coisas podem ser esclarecidas e há possibilidade de reconciliação.

Paraná-Online: A CBF aproveitou o despacho para registrar Aloísio no São Paulo até fevereiro de 2009. Como a senhora vê isso já que a permissão é para apenas um jogo?
Simone: A minha análise é sob a ótica do contrato de trabalho. Evidente que isso traz repercussões no âmbito desportivo. Eu entendo que, se houver modificação de decisão, pode haver repercussões. O que se está discutindo aqui é com quem ele mantém contrato de trabalho. Eu não tenho jurisdição (na Justiça Desportiva), que é uma justiça específica.

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