Atlético não vence clássico no Couto desde 1999

O Atlético vai entrar em campo no domingo para tentar quebrar um tabu de não vencer o Coritiba no Couto Pereira há quase cinco anos. Desde o torneio Seletivo para a Copa Libertadores, em 1999, o Rubro-Negro não consegue superar seu maior rival como visitante. De lá para cá, foram oito partidas, com cinco derrotas e três empates. E olha que o Furacão viveu alguns de seus melhores momentos na história, com suas maiores conquistas nesse período.

A última vitória atleticana aconteceu no dia 25 de novembro de 1999. Era a segunda fase do campeonato que levou o Rubro-Negro a disputar, pela primeira vez, a competição intercontinental. Cocito, Adriano, Luisinho Netto e Kléberson marcaram para o time da Baixada. Depois disso, a torcida do Furacão teve que se contentar em comemorar vitórias sobre o rival apenas na Baixada.

Nesses oito jogos, o Coritiba marcou 11 gols, enquanto o Atlético foi somente quatro vezes à rede do adversário. Mesmo subindo ao Alto da Glória como favorito em várias ocasiões, a tradição do clássico foi superior e quem se aplicou mais venceu ou não deixou que o melhor vencesse. Como a rivalidade, às vezes, é extrema, alguns desses jogos ficaram marcados, quase sempre, pelo lado negativo.

Brigas entre torcedores e policiais, denúncias de subornos sobre a arbitragem e até polêmicas com os treinadores do Atlético. Em 2001, Paulo César Carpegiani adotou uma tática suicida para enfrentar o Coxa, mesmo estando com apenas nove atletas em campo (o zagueiro Mílton do Ó e lateral-esquerdo Fabiano foram expulsos). Nas finais do Paranaense deste ano, Mário Sérgio não escalou o artilheiro Washington, alegando que o jogador era lento e não servia para jogar o clássico porque o gramado estava molhado.

Fabiano poderá jogar com máscara protetora

O Atlético deverá entrar em campo no clássico de domingo com um zagueiro mascarado. Mas o torcedor não precisa ficar preocupado, não. Se tudo correr bem, Fabiano voltará à equipe titular do Rubro-Negro com uma proteção na face. O jogador se machucou na partida contra o São Paulo e foi obrigado a operar o nariz. Se treinar bem durante a semana e não se sentir desconfortável com o aparelho na face, terá presença garantida.

“A minha esperança é poder jogar, estou com uma vontade muito grande, mas tem que ver como vai ficar a máscara”, disse Fabiano. Segundo ele, para poder jogar é preciso se adaptar ao objeto, idêntico ao já usado pelo meia Roger, do Fluminense, durante alguns jogos do Campeonato Brasileiro. “É isso mesmo. A proteção que eu vou usar é feita aqui, pela APR (Associação Paranaense de Reabilitação), para proteger o nariz. No treino de amanhã (hoje), eu começo a testá-la”, revelou.

No entanto, se não houver adaptação, nada feito. “Ainda tem um pouco de dor, porque são cerca de 30/40 dias para a recuperação total”, apontou. Isso quer dizer que se a máscara não funcionar, nada feito. “Sem máscara, é impossível jogar”, destacou.

Mesmo assim, a empolgação do zagueiro é a maior possível para voltar logo aos gramados. Principalmente, por se tratar de um jogo especial, o confronto contra o Coritiba. “A minha motivação é grande, o time está bem, num momento muito bom, mas sabemos que será uma partida muito difícil”, apontou. Cauteloso, ele prefere esperar mais um pouco para confirmar presença. “Tem que ver se o Levir (Culpi, técnico atleticano) vai escalar também, mas estou apto a jogar. Sempre falta um pouquinho de ritmo, mas foi só uma semana parado”, ponderou.

Isso porque, além dele, o zagueiro Marinho também deverá ficar à disposição do treinador após se recuperar de uma artroscopia no joelho direito. Além dos dois, Levir também poderá contar com o zagueiro/ala-esquerdo Marcão, o volante Bruno Lança e o meia Fernandinho. Todos eles cumpriram suspensão automática e podem enfrentar o Alviverde. A volta aos trabalhos está programada para às 15h de hoje.

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