Atlético larga em busca da Libertadores de 2003

A nova competição também é uma prova de fogo para o técnico Riva Carli. Substituto de Geninho, o treinador ganhou o supercampeonato paranaense com um time já montado pelo antecessor. Agora, é ele quem manda. Ou melhor, coordena um trabalho de equipe que vai ser testado no torneio do Norte/Nordeste.

A base foi mantida, mas o elenco não estará completo para o primeiro jogo. Os principais desfalques são os meias Kléberson (que ainda comemora a conquista do pentacampeonato) e Adriano (sem contrato). Sem eles e também sem os contundidos Vital e Ilan, o jeito é apostar na boa base atleticana e na força do conjunto.

Nesse ponto, Riva é categórico. “Nada dessa história de cerca Lourenço. O Atlético vai manter a mesma pegada e buscar os contra-ataques”, aposta. Essa será a receita contra o Flamengo. Apesar do time carioca não passar por um bom momento, os jogadores pregam respeito ao atual campeão da competição. “O Flamengo é uma grande equipe e merece nosso respeito, mas nós também temos condições e vamos buscar a primeira vitória”, declara o atacante Kléber.

Como a competição é curta, não há espaço para erros. “Nos três primeiros jogos o clube tem que vir para mostrar a sua cara”, aponta o técnico. Por isso, Riva treinou no campo do Piauí na segunda-feira e ontem para melhorar o entrosamento entre os meias e os laterais. O treinador pretende com isso alternar o posicionamento entre Alessandro e Donizete Amorim no lado direito e Fabiano e Fabrício no outro lado. A intenção é aumentar a velocidade nos contra-ataques.

Na estréia, o time será o mesmo que atuou nos jogos-treinos contra o Tiradentes (SC). O zagueiro Rogério Correia que preocupava por ter feito uma artroscopia no joelho direito após o estadual, se recuperou totalmente e está escalado. O mesmo vale para o volante Cocito que vinha sentindo dor muscular.

Apesar de não ter muitas opções e de não fazer muitas mudanças nos treinos, Riva só vai revelar oficialmente o time momentos antes da partida.

Mudança total no campeão

Com um time bastante modificado em relação ao do primeiro semestre, o Flamengo conta com a força das arquibancadas para conquistar o bicampeonato da Copa dos Campeões.

Mas o objetivo será de superação para os cariocas. Ano passado, a equipe contava com Petkovic, Edílson, Reinaldo e Juan. Agora, com caixa baixo, o clube aposta na raça e vontade de jogadores que tentam ganhar espaço no cenário nacional.

O atacante Caio, um dos 15 novatos do elenco – nem todos viajaram com a delegação e outros poderão ser contratados com a competição em andamento -, considera a chave do Flamengo como o “grupo da morte” da Copa.

“Nosso grupo é muito forte. Vamos encarar o campeão e o vice do Brasileirão (Atlético-PR e São Caetano), além do Goiás, que se sagrou campeão estadual e da Copa Centro-Oeste”, observou.

Apesar das dificuldades e da falta de entrosamento, Caio considera que pode enfrentar os rivais em igualdade de condições.

“O Flamengo está com uma cara diferente. É um time para o futuro. É claro que vamos brigar pelo título, mas a torcida tem que ter um pouco de paciência”, afirmou.

Atlético e Grêmio, uma união à vista

Lucas Duarte

O Grêmio Maringá está prestes a concretizar uma oportuna parceria com o Atlético Paranaense. As negociações vinham sendo feitas há aproximadamente três semanas e, segundo o presidente do clube maringaense, José Kaleffi, o acordo entre as duas equipes depende apenas de alguns ajustes e do parecer final da diretoria do Rubro-Negro. “Realmente as negociações estão bem adiantadas e pode-se dizer que o acordo está 90% concretizado”, disse Kaleffi à Tribuna.

Um grupo espanhol também estaria envolvido nas negocia-ções, mas o presidente do Galo preferiu manter sigilo quanto ao nome do outro parceiro. “Existe sim um grupo espanhol mas só darei nomes depois que tudo estiver acertado”, comentou. A possível parceria teria uma vigência de dois a quatro anos e o Atlético ficaria responsável pela cessão dos jogadores e comissão técnica. O salário também seria pago pelo Rubro-Negro junto com os outros patrocinadores do Galo. “Nós já enviamos à diretoria atleticana as nossas propostas referentes aos detalhes do acordo. Falta apenas receber a contraproposta do clube da capital”, afirmou.

O Grêmio Maringá se reapresenta no próximo dia 8 e tanto a atual diretoria do clube como os atuais parceiros esperam que até lá o acordo com o Atlético esteja concretizado. “Será muito bom para todos nós. Com essa parceria, o Grêmio voltará a ser uma potência do futebol do interior do Estado”, concluiu Kaleffi. Ninguém do Atlético foi encontrado para falar sobre o assunto.

Série C

Kaleffi também confirmou ontem, que o clube recebeu o convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para disputar a Série C do Brasileiro. Apesar da alegria pelo convite, Kaleffi ressaltou que a participação do clube na “terceirona” está diretamente ligada ao fechamento do acordo com o Atlético.

Voltar ao topo