Essa é uma das principais medidas que o Atlético tem que adotar para reencontrar o caminho da tranqüilidade. Dos 17 gols sofridos pela equipe em toda a competição, 13 aconte-ceram na etapa comple-mentar. E por oito vezes nos quinze minutos finais, o que complica qualquer reação do time.

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Atuando na Arena, o Atlético começou vencendo São Paulo, Coritiba, Inter e Vasco e teve a defesa vazada no 2.º tempo em todos esses confrontos. Contra São Paulo, Coritiba e Inter, os gols resultaram em empate e conseqüente perda de pontos (6).

Longe de casa, das sete derrotas, seis foram construídas na etapa final. No Parque Antártica, em São Paulo; no Mineirão, em Belo Horizonte e na Ilha do Retiro, em Recife, o Furacão conseguiu segurar o empate nos primeiros 45 minutos, mas saiu de campo derrotado pelo placar mínimo (1 a 0) com os tentos assinalados no 2.º tempo.

Já no Olímpico, em Porto Alegre, no Maracanã, Rio de Janeiro, e no Barradão, em Salvador, dois gols na etapa final de cada partida impossibilitaram qualquer reação da equipe paranaense.

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Diagnóstico

De acordo com Roberto Fernandes essa situação (sofrer gols no 2.º tempo) tem uma explicação. “Pra mim tem um motivo que é a falta de concentração. Inclusive já solicitei auxílio de um psicólogo para que trabalhe a nossa concentração. É um grupo jovem, apesar de jogar há algum tempo, e tem momentos que perdemos a concentração. Tanto que são gols bobos (os sofridos). Se for analisar, os gols não nasceram de jogadas extraordinárias que o adversário fez e que envolveram nossos jogadores. Foi de bobeira, pequenos erros devido à falta de concentração”, explicou Fernandes.

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Fator emocional

Um possível cansaço físico do grupo também foi ventilado como motivo para a queda de rendimento e os gols sofridos na etapa complementar. Porém essa possibilidade foi descartada por jogadores e pelo próprio presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso Petraglia.

“No meu modo de ver, no último jogo, o Vitória estava mais cansado que a gente. Mas isso (demonstração de cansaço) depende. Claro que tem jogo que você se desgasta mais. Na Arena devido ao ritmo forte no início da partida para tentar fazer o resultado, a gente se desgasta um pouco mais”, afirmou o zagueiro Antônio Carlos.

O presidente Petraglia, ao responder pergunta semelhante no site oficial, relatou que o baixo rendimento está mais ligado a fatores emocionais do que desgaste físico.

“Passando a má fase, voltando as vitórias, com a tranqüilidade necessária, com menos xingamentos da nossa torcida, com menos pressão de termos de ganhar a qualquer preço, quando vencermos fora de casa algumas partidas, o estresse diminuirá. O lado emocional será controlado e o desgaste físico será menor. Nossa estrutura científica mostra que estamos bem. Os testes demonstram que o estado físico dos nossos atletas crescerá ainda mais (…) para que o desgaste não chegue antes do tempo e estaremos em condições de concluir a competição “inteiros” – como dizem na gíria da bola”, terminou.