Arena da Baixada

Atlético já içou 50% das vigas da estrutura do teto retrátil

O Atlético divulgou na sexta-feira (5), por meio de seu site oficial, que a sexta viga da estrutura do teto retrátil estava colocada e que o nível de execução da obra chegou a 50%. Entretanto, a Lanik I.S.A., empresa responsável pela fabricação das peças e pela supervisão da montagem, não considera que metade do serviço esteja realizado, já que toda a parte elétrica, de acabamento e de automação da estrutura ainda não está pronta.

“A sexta viga foi colocada ontem, no dia em que se encerra nosso acordo e que meu último engenheiro vai retornar para a Espanha. Mas a obra não está 50% concluída. O que está colocado não tem policarbonato, não tem acabamento, não tem motor funcionando, não tem automação e muito menos a parte elétrica está pronta. Só tem mesmo as seis vigas e falta todo o sistema para o teto retrátil funcionar. Na verdade são seis vigas em cima de um estádio e obra está longe de ser concluída”, explicou o diretor-executivo da Lanik I.S.A., César França.

Ainda segundo o comunicado do Atlético, essas seis vigas fazem parte da estrutura da Rua Coronel Dulcídio. O clube garante que na semana que vem será iniciada a montagem das outras seis vigas que completam o teto retrátil. Mesmo sem o acordo entre as partes na reunião realizada na Arena da Baixada na última quarta-feira, a Lanik I.S.A. enviou ao novo engenheiro do clube, Augusto de Fonseca, e ao presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, uma nova proposta da empresa espanhola para que a obra seja concluída o mais rápido possível. Para que mande a sua equipe e equipamentos de ponta capaz de realizar o serviço, a Lanik I.S.A. cobrará ao Atlético a quantia de 242,6 mil euros. No mesmo e-mail, César França enviou a nota fiscal emitida do primeiro acordo no valor de 94 mil euros que ainda não foi quitado pelo clube.

César França também passou o Atlético o posicionamento oficial da Lanik I.S.A. quanto ao processo de montagem e instalação do teto retrátil da Arena da Baixada. ‘Passei que a empresa não participou do estudo prévio da estabilidade com previsão de variáveis que atuam no sistema, para tornar as operações seguras com o guindaste contratado pelo Atlético. Se o guindaste for deslocar na Rua Buenos Aires, esta situação deve ser prevista por cálculos. Também frisei a importância de realizar os trabalhos com segurança aos operários que estão trabalhando e que o içamento das peças seja realizado quando as condições climáticas adequadas’, frisou o diretor-executivo da empresa espanhola.

Com o atual estágio das obras e de acordo com os últimos relatórios feitos pelo engenheiro da Lanik I.S.A., se as obras forem retomadas em fevereiro, a empresa espanhola vai demorar mais dez semanas para concluir o serviço e, assim, a tampa do caldeirão estaria pronta em meados de maio. “O trabalho poderia recomeçar em fevereiro e ficaria pronto em maio. Seriam mais dez semanas de serviço. Passamos a proposta para o Atlético, mas ainda não obtive nenhum retorno da diretoria”, concluiu França.