Atlético inscreve Adriano, Kléberson e Preto na CBF

O Atlético deverá encerrar algumas novelas hoje e ganhar três reforços de peso para a partida de amanhã contra o Bahia na Arena pelo Campeonato Brasileiro. A diretoria pediu o registro dos meias Preto, Adriano e Kléberson e aguarda para hoje a confirmação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para pô-los em campo. A presença deles no jogo depende do envio de documentos da Europa e do seguro para o pentacampeão.

De acordo com o presidente do clube, Mário Celso Petraglia, a confirmação oficial só sai hoje. “Não tenho segurança de dizer se os três jogam, depende da confirmação da CBF”, revela. Segundo ele, já está tudo certo entre o Atlético e o Olympique (no caso de Adriano) e também com o Vitória de Guimarães (Preto). “Estamos esperando a confirmação da federação francesa e da federação portuguesa, por isso não posso afirmar que eles joguem”, informa.

Já no caso do Xaropinho, a direção rubro-negra só espera o acerto do seguro para liberar o campeão mundial para o técnico Valdyr Espinosa. “Se não vier a apólice eu não vou pôr o Kléberson para jogar”, aponta o dirigente. Petraglia lembrou a contusão do meia Juninho Paulista num jogo treino do Middlesbrough. “Como o contrato já estava assinado o clube inglês fica com o prejuízo”, dispara.

Caso a CBF dê o OK e garanta a presença dos três, o Atlético encerrará duas novelas e uma mini-série. Após o fim de contrato em 30 de junho, o meia Adriano já se despediu do clube, voltou, acertou a renovação, foi à França e até jogou um amistoso sem contrato. O meia Kléberson disputou a última partida na final da Copa do Mundo e desde então vem aguardando uma negociação para a Europa que até agora não se confirmou. E, o meia Preto, chegou a pouco mais de uma semana e quase inicia um arrastado processo e joga-não-joga.

Renovações

Com a liberação dos três jogadores, os problemas ficam com o zagueiro Gustavo e o volante Cocito. Segundo Petraglia, as negociações entre as partes não avançou nem um pouco. O salário seria o maior empecilho para a permanência dos dois no CT do Caju para mais um Brasileirão. O dirigente não quis revelar valores, mas nos bastidores circulou a informação de que os dois jogadores ganhariam cerca de R$ 35 mil mensais e que estariam pedindo o dobro para assinarem mais um contrato.

Tanto Gustavo quanto Cocito foram enfáticos ao negarem estarem pedindo R$ 70 mil. “Está muito, muito longe disso”, protesta Gustavo. Para Cocito, se fosse verdade que o salário fosse R$ 35 mil a renovação já estaria consumada. “Por esse valor eu assinaria na hora”, ataca.

Vitória será fundamental

Ainda sem saber se poderá contar com os reforços tão esperados (Gustavo, Cocito, Kléberson, Preto e Adriano) ou pelo menos alguns deles, o técnico Valdyr Espinosa já pensa na formação da equipe para enfrentar o Bahia, amanhã, às 21h45, na Arena. Vindo de derrota, ele sabe que o time não pode vacilar em casa para recuperar o ânimo e buscar se firmar no Campeonato Brasileiro. Ontem, antes do treino no CT do Caju ele conversou com a Tribuna.

Paraná-Online

– O que você pretende fazer no time para enfrentar o Bahia?

Espinosa

– É o primeiro jogo dentro de casa, jogo da recuperação, mas são as mesmas dificuldades do primeiro jogo. Se nós observarmos, há a necessidade de reforços, de qualificação e se observarmos os jogadores que temos para o meio-campo – com Cocito, Preto, Adriano e Kléberson – veremos que é meio-campo para jogar em qualquer equipe do Brasil. Se você não tem esses jogadores, o grau de qualidade diminui e o grau de dificuldade aumenta. Não se pode viver de sonhos nem vender ilusões. Vamos esperar para saber se um desses será regularizado.

Paraná-Online

– Você pediu à diretoria para agilizar esse processo?

Espinosa

– Eles estão procurando fazer com que isso aconteça porque também eles entendem a qualificação que têm esses jogadores. Não estamos desvalorizando os que estão jogando, mas eles estão num processo de aprendizagem e buscando experiência numa disputa de campeonato nacional.

Paraná-Online

– O Atlético terminou a partida contra o Guarani com seis ex-juniores. Você acha então que faltou experiência?

Espinosa

– Não é que faltou experiência. Nós não jogamos bem, não fomos uma equipe com marcação forte, não tivemos uma troca de passe, não valorizamos a bola. Se a gente pegar um adversário que marque forte, você tem que trocar a bola, virar o jogo e trabalhar bem a bola.

Paraná-Online

– Se você não ganhar nenhum desses reforços, o que pretende fazer?

Espinosa

– Eu não tenho o que mudar. Só treinar. Tenho mais dois ou três garotos aqui e não adianta mudar. A mudança ela só é em decorrência de buscar uma melhora, então haverá a expectativa e a espera em torno desses jogadores.

Alex Mineiro volta a treinar fisicamente

O atacante Alex Mineiro voltou a treinar ontem fisicamente e dentro de dez dias já poderá ficar à disposição do técnico Valdyr Espinosa para a disputa do Campeonato Brasileiro. O jogador já está recuperado de uma lesão no púbis e é mais uma boa notícia para o treinador que estava sem opções de mudança na equipe para a competição.

“Eu vinha jogando desde agosto do ano passado com esse problema”, revelou o atacante. De acordo com ele, no início do ano foi feito um tratamento de 50 dias no começo do ano que acabou não curando totalmente o jogador. “Infelizmente voltou de novo a mesma coisa e eu parei para que a gente pudesse fazer o tratamento da melhor maneira possível”, apontou.

Ainda sem Alex, hoje o treinador comanda o treino apronto para o jogo de amanhã contra o Bahia. A expectativa fica por conta do aproveitamento ou não de Adriano, Preto e Kléberson.

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