No ano em que concluiu (falta ainda o teto retrátil) a obra de remodelação da Arena da Baixada e teve o estádio como sede da Copa do Mundo, o Atlético entrou na lista dos clubes mais valiosos das Américas. O estudo foi divulgado ontem pela edição mexicana da revista Forbes, especialista em negócios. O Furacão ficou como o 11º clube mais valioso da América (incluindo os Estados Unidos), avaliado em 181,2 milhões de dólares – o equivalente a pouco mais de 469 milhões de reais.
O grande trunfo rubro-negro é seu patrimônio. A reforma e ampliação da Arena da Baixada para a Copa do Mundo valorizaram o clube. O CT do Caju, um dos mais completos do país, também foi considerado no estudo, além da valorização da marca gerada por patrocínios e exposição. “O diferencial do Atlético em relação aos demais clubes brasileiros e latinos é que o seu estádio é 100% dele. No balanço, você consegue ver a valorização que o patrimônio teve de um ano para o outro. Em termos contábeis e de valorização de marca, é muito significativo”, disse o consultor em marketing e gestão esportiva, Amir Sommogi.
O valor é metade do “previsto” pelo presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, em entrevista ao Premiere FC. “Temos um patrimônio concluído que vai valer R$ 1 bilhão, sem dívida”, disse o cartola. Em levantamento no mês de março, a Tribuna mostrou que com patrimônio e as rendas futuras, a dívida poderá ser paga sem sustos. “O clube deve esse investimento e vai pagar em 15 anos”, afirmou Petraglia ao PFC.
E o caminho dos naming rights é apontado pelo consultor Amir Somoggi como o melhor para aumentar o valor total do Furacão. Para ele, o Atlético precisa saber investir em marketing e na busca por patrocínios, inclusive aproveitando o resultado da pesquisa. “Renegociar o contrato com patrocinadores e o naming rights, por exemplo, são boas alternativas”, sugeriu.
Mais números
Na lista divulgada pela Forbes, o Atlético esta à frente de vários times tradicionais, como Santos, Boca Juniors, da Argentina, Flamengo e Cruzeiro (ver quadro). Entre os dez primeiros, cinco clubes são brasileiros, inclusive os três primeiros. O líder é o Corinthians e vale hoje 579,9 milhões de dólares. O Grêmio é o segundo colocado e Palmeiras o terceiro. “O Brasil é referência na lista e ocupa as primeiras posições porque faturam muito mais que os adversários latinos, principalmente pelas cotas de televisão”, afirmou o consultor.
Nenhum outro clube paranaense aparece entre os 30 mais valiosos. A soma do faturamento dos 30 clubes listados alcança 4,76 bilhões de dólares. O Real Madrid, clube mais valioso do mundo, vale sozinho 3,440 bilhões.