A rodada tenebrosa da Copa Libertadores da América, no meio da semana passada, em que Cruzeiro, Fluminense, Grêmio e Internacional foram eliminados, fez eco no CT do Caju. A surpresa reservada pela competição intercontinental deixou os jogadores do Atlético ainda mais confiantes em conseguir uma vitória inédita em São Januário, na próxima quinta-feira.
O Furacão enfrenta o Vasco na partida de volta das quartas de final da Copa do Brasil e para seguir na competição precisa acabar com o tabu de nunca ter derrotado o rival no Rio de Janeiro. Os jogadores garantem que nunca perderam a esperança e que tabu é algo para ficar em segundo plano. Principalmente agora que outros times tidos como favoritos, como Cruzeiro e Inter, perderam a vaga em casa para Once Caldas (Equador) e Peñarol (Uruguai).
“Muitos não estão acreditando nisso, mas nós jogadores acreditamos que podemos sair do Rio com vitória. O futebol hoje é muito nivelado e tudo acontece. Ninguém imaginava que as quatro equipes do Brasil seriam eliminadas”, disse o volante Robston.
Rômulo, que veio do Cruzeiro em março, também aponta seu ex-clube como maior exemplo de que no futebol qualquer prognóstico não passa de suposição e pode ser derrubado dentro de campo. “Se eles lá fora não acreditam é uma pena, porque todos nós, jogadores, comissão e diretoria, acreditamos. O Cruzeiro, onde eu estava, melhor time da Libertadores, perdeu para, teoricamente, o pior, dentro de casa”, disse o lateral, que acredita que jogar fora de casa pode ser mais fácil quando a competição é mata-mata. “Em Copa do Brasil e Libertadores jogar fora, às vezes, é melhor que jogar em casa. A pressão é menor”, avalia o lateral.
O segredo para fazer a torcida vascaína pressionar o próprio time é partir para cima já nos minutos iniciais. “Se a gente fizer 1 x 0 em São Januário, conhecemos a torcida deles e ela vai pegar no pé. Tem que tentar de tudo e fazer 1 x 0 no primeiro tempo. Sabemos que é difícil, mas conseguindo isso vamos controlar o jogo, tomar as rédeas da partida e conseguir a classificação”, completou Rômulo.