Vale tudo, hoje, para o Atlético conseguir a primeira vitória neste Campeonato Brasileiro diante do Bahia, às 18h30, na Arena da Baixada. Uma das armas do técnico Adilson Batista é o mistério.
Ele testou várias formações e não deu brecha para que fosse confirmada a escalação da equipe. Também não emitiu uma palavra sequer sobre quem entra e quem sai.
Da mesma forma, os jogadores foram instruídos para não dizer se estão ou não confirmados na equipe. O goleiro Márcio, por exemplo, desconversou sobre a facilidade que teria se contasse com um paredão de três zagueiros à sua frente.
“Não sei de nada. O que eu sei é que quero jogar”, brincou. O meio-campo Paulo Baier, cotado para voltar como titular depois de duas rodadas, também se esquivou de falar sobre escalação, mesmo convocado para a entrevista coletiva. “Saudade a gente tem [de jogar], mas não sei o que o Adilson está pensando”, afirmou o capitão.
Precisando da vitória para espantar a pressão que resultou em invasão de uma facção organizada ao CT do Caju, no começo da semana, Adilson Batista desviou o foco de todas as perguntas.
Mesmo não sendo muito usual ao treinador falar sobre escalação antes da partida, nos últimos jogos ele até dava uma dica ou outra. Porém, para encarar o Bahia, hoje, voltou à velha forma de evitar qualquer palavra que possa levar à estratégia escolhida.
“Em função da nossa situação não dá para abrir muito. Deixa ele [René Simões] pensar se entra o Paulo [Baier], os três zagueiros ou se ficam os laterais. Nós já sabemos o que vamos fazer”, assegurou Adilson.
Mesmo mantendo os detalhes a sete chaves, o treinador deve fazer três mudanças no time, o que resultaria na adoção de um novo esquema tático, com três zagueiros.
Fabrício tende a fazer sua estreia ao lado de Rafael Santos e Manoel. A maior dúvida está quanto às escalações de Adaílton e Paulinho. A primeira opção seria utilizar o atacante ao lado de Nieto, com Paulo Baier e Madson na meia cancha, passando Marcelo Oliveira para a lateral-esquerda.
Se optar pelo esquema mais defensivo, Paulinho fica na equipe e Madson seria o companheiro de ataque do argentino. Nada, porém, é efetivamente confirmado por Pezão.
“Treinei algumas situações que podem acontecer durante o jogo e não estou afirmando que podemos entrar com uma maneira diferente do que vínhamos jogando”, reforçou, tentando manter em segredo a escalação para hoje.
E em meio a tantas dúvidas, uma certeza: Guerrón perdeu sua vaga na equipe. Não só pelo atraso em um dos treinos na semana, mas pelo baixo rendimento apresentado nas primeiras rodadas deste Brasileirão.
