“É carnaval / é a doce ilusão / é promessa de vida / no teu coração…”. Ao som das marchinhas e dos sambas-enredo, envolvidos pelos confetes e serpentinas, e no embalo do feriado prolongado da maior festa popular do Brasil, Atlético e Paraná Clube entram em campo.

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O clássico das 16h, na Arena, não poderia ter sido marcado para dia pior -mas é melhor nem falar disso, pois aí entraremos na seara da Federação Paranaense de Futebol, dos acordos com a TV… Deixa pra lá. Mas, de qualquer maneira, é jogo grande, e é jogo decisivo nas pretensões dos dois times. Para o Atlético, chegou a hora de afirmar a liderança do campeonato, que já foi mais cômoda e agora tem o Coritiba como rival direto.

O Furacão vem de empate com o Nacional de Rolândia, e folgou toda a semana – período em que a equipe ficou reclusa no CT do Caju, enquanto a diretoria promovia uma revolução ao romper publicamente com Mário Celso Petraglia.

O Paraná precisa vencer, mesmo fora de casa, porque tem que subir na tabela de classificação. Hoje, o Tricolor estaria eliminado precocemente, chegando a correr o risco de rebaixamento – bem diferente do time campeão de 2006, vice em 2007 e semifinalista no ano passado. Por isso, conquistar os três pontos na Arena é ordem definida na Vila Capanema.

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O confronto entre rubro-negros e tricolores no Joaquim Américo tem domínio amplo do Furacão. Mas das quatro últimas partidas na casa atleticana, houve duas vitórias para cada lado – uma delas na semifinal do Paranaense de 2007, com o Tricolor fazendo a festa na Baixada. O retrospecto recente, e o atual estágio das duas equipes (ainda em preparação, o Paraná com o elenco em aberto e o Atlético nitidamente montando uma base) fazem com que o equilíbrio seja a tônica do clássico.

Os destaques podem ser, na verdade, grandes surpresas. Do lado do Furacão, o novo posicionamento de Marcinho, mais à frente, onde ele se sai melhor; a presença de Jairo no meio, possível “carrapato” de Lenílson; e Rafael Santos, o zagueiro que começa jogando e pode se beneficiar da extrema competência atleticana nas bolas paradas. Do lado do Tricolor, o instável Gedeon, herói da vitória sobre o Mixto na Copa do Brasil; o garoto Bruno, que ainda não foi avaliado por completo no time principal e pode “explodir” no clássico; e Wellington Silva, no qual nem o mais fervoroso torcedor paranista deposita esperanças.

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Se tudo que está aí em cima der certo, teremos um clássico no ritmo sincopado e acelerado dos sambas-enredo de hoje. Se der errado, o risco é termos um jogo na levada daquelas velhas marchas-rancho.