Furacão

Atlético e Mengo deixam a desejar na Baixada

No aniversário de 95 anos do estádio da Baixada, os jogadores de Atlético e Flamengo maltrataram a bola e protagonizaram um dos piores jogos da temporada em Curitiba. O resultado não poderia ser outro que não um insosso empate sem gols. Somar um ponto agradou ao clube carioca que, mesmo atuando grande parte do 2.º tempo com um jogador a menos, soube se segurar e não sofrer gol. O Atlético, por sua vez, não teve competência sequer para finalizar certo e incomodar o goleiro Bruno. A igualdade na Arena e da maneira como ocorreu pode ser considerada como uma derrota, conforme afirmou o zagueiro Rhodolfo ao término da partida.

Agora o Atlético se prepara para jogar fora de casa, em Belo Horizonte, com o homônimo mineiro. E para essa partida, o treinador Antônio Lopes terá que corrigir um problema sério que vem acompanhando o Atlético Paranaense no decorrer do campeonato. A falta de gols. Com o término da 23.ª rodada, o Furacão tem o 2º pior ataque do Brasileiro, à frente apenas do Fluminense, clube lanterna da competição. O Furacão não balança a rede adversária há três jogos.

Em uma apresentação tão fraca tecnicamente, quem roubou a cena foi Antônio Lopes, que se envolveu num bate-boca com o auxiliar Altemir Hausmann. O treinador rubro-negro acabou expulso de campo no intervalo do jogo (ver correlata).

Allan Costa Pinto
Denis Marques e Alex Mineiro: goleadores passaram em branco.

Jogo

O gramado molhado prejudicou o toque de bola das duas equipes e a ligação direta, com os chutões dados por ambas as zagas, prevaleceu no 1.º tempo. Por atuar em casa, o Atlético tomou a iniciativa do jogo e pelos primeiros 20 minutos deu a impressão que conseguiria marcar um gol para incendiar o Caldeirão. A melhor chance paranaense e do jogo aconteceu aos 15 minutos. Marcinho ganhou uma disputa de bola e passou para Alex Mineiro. O camisa 9 dominou e, de frente para Bruno, desperdiçou. Chutou colocado e facilitou a vida do goleiro flamenguista.

Depois do susto, a equipe carioca se acertou em campo e igualou na pegada. Porém nada criou porque Petkovic foi anulado por Valencia. As várias faltas cometidas pelo Flamengo resultaram em chances para o Furacão, porém Baier, numa tarde pouco inspirada, não incomodou.

Nova postura

Na etapa final, Lopes corrigiu o posicionamento de sua equipe e mandou o Atlético explorar as laterais do campo. Para isso posicionou Wesley aberto pela direita e Wallyson, que substituiu Marcinho, aberto pela esquerda. O Rubro-Negro paranaense continuou dominando a partida, com mais posse de bola. No entanto, não conseguiu furar o bloqueio carioca. O Furacão controlou bem o adversário, que poucas vezes ultrapassou o meio-campo. Galatto não vez nenhuma defesa no 2º tempo.

O trabalho atleticano foi facilitado aos 20 minutos quando Willians deu uma cotovelada em Márcio Azevedo e foi expulso. O jogo virou um ataque contra a defesa. Entretanto, sem qualidade, o Furacão não soube como tirar proveito da vantagem e falhou no intento de abrir o marcador e alcançar a nona vitória no Brasileirão.

O que mais irritou o torcedor foi a falta de agressividade do time paranaense, que praticamente não finalizou. Os poucos arremates dados foram todos para fora, numa jornada para ser esquecida pelo elenco atleticano.