Atlético deve investir em Marcão para próxima temporada

O assédio do Grêmio é notório, o jogador não esconde a simpatia pelos gaúchos e até os salários já teriam sido acertados. Mas um ?detalhe? fundamental deve consolidar o retorno do zagueiro e lateral-esquerdo Marcão ao Joaquim Américo: a relutância da diretoria atleticana em liberá-lo ao Tricolor de Porto Alegre.

Marcão é um dos sonhos de consumo da diretoria gremista para a disputa da Libertadores-2007. ?Só tivemos sucesso com atletas de fibra, brio e raça na Libertadores.

O Marcão reúne isso tudo?, disse o assessor de futebol do Grêmio, Paulo Pelaipe.

Os contatos começaram assim que terminou o empréstimo de Marcão ao Frontale Kawasaki (Japão), há dez dias.

Com salários acertados -especula-se que giraria em torno de R$ 100 mil – e a chance de disputar mais uma Libertadores, o jogador demonstrou desejo de mudar-se para o sul.

?O Grêmio fez uma boa proposta. Gosto de buscar novos desafios. Tenho que pensar no que é bom para mim e para a minha família?, disse em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre. Marcão falou ainda que a indefinição o angustiava e que pretendia decidir seu destino até o final do ano.

Preocupado, o líder do elenco vice-campeão brasileiro e da Libertadores negou à reportagem da Tribuna que esteja forçando a barra para deixar o Furacão. ?Perguntaram se tinha interesse de jogar no Grêmio e respondi que sim.

A proposta é boa, mas o passe é do Atlético. Se não der certo, ficaria aqui com o maior prazer?, disse o lateral, que tem contrato com o Rubro-Negro até dezembro de 2007.

O interesse gremista, porém, foi menosprezado pelo Rubro-Negro, interessado na permanência do jogador em 2007 – o técnico Vadão acredita que a falta de um líder como Marcão foi uma das principais fraquezas do Atlético na temporada.

Na última terça-feira, Pelaipe esteve em Curitiba e um suposto encontro com representantes atleticanos chegou a ser noticiado pela imprensa gaúcha – fato negado pelo gremista, que disse ter ficado retido na capital paranaense por causa da crise nos aeroportos.

De qualquer forma, o dirigente parece pessimista. ?O atleta tem contrato até 2007 e é preciso que haja uma liberação do Atlético Paranaense?, falou.

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